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sábado, 31 de janeiro de 2015

Indagações sobre o Problema da Crença 2



Tentarei ser o mais simples possível e tentarei ser o mais coerente e prudente possível em responder a sua analise sobre o que demonstrei acima em outros comentários. Pedirei para você 'Observar a mágica' e ver o que acontece com sua argumentação:

1. A descrença não é nada mais do que um processo danificado, eis a razão:

- Descrer em algo é o processo oposto da crença, em outras palavras onde o processo da crença se inicia é onde o da descrença não ultrapassa. Por exemplo, para que eu acredite em deus, o processo cerebral que nos permite acreditar em algo deve estar sendo direcionado para deus, caso contrário não poderia acreditar em deus. Perceba que não existe danificação.

De fato, gostei de seu argumento sabe porque? PORQUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO POSSUIR DANIFICAÇÕES EM SEU CÉREBRO, POIS VOCÊ É DESCRENTE EM MAIS DE 1 BILHÃO DE DEUSES.

A descrença não é apenas um processo em ateus, de fato, ateus são ateus por não crer em nenhuma forma de divindade, isso quer dizer que contando todos os deuses ateus são descrentes em 100% deles.

Porém, os teístas geralmente se gabam por acreditarem em ao menos 1 deus, porém se esquecem que não acreditam em mais de 99,99% dos deuses. Perceba que você é ateu em relação a todos os outros deuses, porém é aceito como teísta por acreditar em ao menos 1 deles. Você é ateu em relação ao Deus muçulmano, Judeu, entre todos os outros deuses que foram acreditados.

Obrigado pela falácia e principalmente por demonstrar seu maravilhoso conhecimento sobre o cérebro humano.

A segunda parte de sua indagação é ainda mais interessante, já que ela se baseia no erro da primeira parte.

2. Seu texto não valia seu ateísmo Gabriel.

Este tipo de postura é interessante, porém falha. Vamos descobrir o porque.

a) Descrer não é provido de um processo cerebral danificado de fato se assim o fosse qualquer teísta teria o mesmo problema quando falamos de crenças alheias.

b) Explicar como o processo funciona, explica como as pessoas creem em Deus.

O argumento do conceito de Deus, demonstra que Deus é aceito de 3 formas: Pessoal, Ideológica, e através da ignorância em relação aquilo que não sabemos (aqui entra a ideia de um projetista).

Irei te explicar como explicaria para uma criança de 10 anos que está dando seus primeiros passos dentro de psicologia.

Para nosso cérebro tudo ao nosso redor são objetos. Uma ideia é um objeto, sua mãe e seu pai é um objeto, deus é um objeto, o sol é um objeto e assim por diante. Para que um desses objetos ganhem valor acima de outros objetos, como sua mãe ser mais importante pra você do que todas as outras mães no mundo, seu pai ser mais importante pra você do que qualquer outro homem no mundo, seu deus ser mais importante pra você do que qualquer outro deus no mundo (UFA) é necessário que esse objeto serja intensificado ao ponto de se tornar um objeto especial, pessoal e único.

Essa intensificações são diferentes de objeto para objeto, seu objeto-mãe é mais importante que seu objeto-amigo, isso porque o objeto-mãe possuí maior intensificação do que o objeto-amigo. Uma pessoa totalmente desconhecida não tem qualquer vinculo ou seja não é um objeto tão intensificado.

Para que Deus se torne um objeto pessoal, assim como os outros objetos é necessário ser intensificado ao ponto que este objeto se torne necessário. Da mesma forma que existem objetos que são facilmente descartáveis da mesma forma existem objetos não descartáveis. Assim você é capaz de acreditar no DEus que segue, outra pessoa é capaz de acreditar em outra forma de deus, e assim por diante.

Analisando que a crença é baseada na importância que determinada objeto possuí de forma pessoal, então a falta da importância de um objeto nos leva diretamente para a não necessidade deste objeto, ou seja a descrença. Isso quer dizer que como o objeto deus sem ter um vinculo pessoal, não pode existir. É por isso que você que acredita em seu deus nega todos os outros deuses e da mesma forma um ateu nega qualquer deus.

Porém, existe a crença no ateísmo da qual é diferente da descrença em deuses. Para muitas pessoas dentro do ateísmo forte, elas se encontram na mesma questão de um teísta, ou seja, ambas possuem a crença naquilo que seguem. Neste ponto o ateísmo forte também gera a descrença em outros deuses, já que aquilo que traz sentido de vida não está direcionado para outras ideias. Porém, existem ateus que não pertencem ao ateísmo forte pois estes ateus não possuem a crença no ateísmo, apenas não acreditam que deuses não existem. Portanto podemos concluir que o ateísmo também pode ser uma crença, já que crer em algo não é baseado apenas em deuses, mas sim em qualquer ideia.

Resumindo para que entenda de forma mais simples Mateus Marcos, qualquer crença pessoal é falsa, já que a forma como o cérebro nos faz acreditar em algo não se baseia em algo real, são apenas objetos que foram intensificados a ponto de se tornar uma verdade pessoal.

O 'Sentido de vida' é provido dessas crenças, já que aquilo que nos trás sentido de vida nada mais é do que um objeto que foi intensificado ao ponto de se tornar uma verdade pessoal.

O que sentimos não prova nada além de que sentimos algo.

Qualquer Deus ideológico é uma ideia. Alguém foi lá e personificou este deus e milhares de pessoas seguem está personificação. Por esse motivo deuses ideológicos não existem.

Como vimos acima de forma simples também demonstrados que aquilo que aceitamos de forma pessoal não é real, nosso cérebro o torna real. Por isso meu caro, é praticamente impossível dizer que a crença em algo prova alguma coisa. Um louco na ala de psiquiatria que possuí algum trauma, pode sofrer por causa deste dano no cérebro, porém para este individuo que possuí essa crença em determinado objeto mesmo que este objeto seja uma ilusão, para o individuo aquilo será real.

Isso prova que o que sentimos não faz separação entre o que é real e o que é ilusão, já que o que sentimos tem apenas um propósito, nos fazer sentir algo. Isso acontece em relação aos nossos pais, amigos, familiares, parentes, desconhecidos, pessoas próximas ou distantes, objetos como propriedades (Casa, carro, luz, etc) e principalmente em relação aos Deuses. Nenhuma dessas ideias são reais, se seu cérebro não as tornar real.

Como prova, utilizaremos o Sistema Límbico, ou seja o sistema responsável pelos sentimentos, emoções, no geral, pelo que sentimos. Algumas pessoas acabam nascendo com algum defeito no sistema límbico, porém o que mais me impressiona não é o problema mas sim as consequências do problema.Valerie Tarico é uma psicóloga e autora que vive em Seatle, Washngton e autora de ‘confiando na dúvida’ , em seu documentário sobre 'Emoções de DEus' ela mostra um exemplo de um paciente com está deficiência e que este paciente era incapaz de reconhecer amigos, familiares e o mais intrigante não podia reconhecer sua mãe.

Perceba que a crença está ligada diretamente com o que sentimos, por exemplo, o rapaz do exemplo acima está demonstrando que quando um objeto não tem conexão emocional ou seja não tem ligações com o sistema límbico, este objeto não existe.

Mesmo que no mundo real o rapaz veja a certidão de nascimento ou até veja um vídeo de quando o mesmo nasceu, ele não terá conexões com sua mãe.

A crença sem o sistema límbico não existe.
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Item Reviewed: Indagações sobre o Problema da Crença 2 Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli