- Prove que Deus existe! – Diz o
Cético
- Prove que ele não existe! – Diz
o crente.
- O ônus da prova é seu! Diz o
Cético com um tom áspero em sua voz, alegações excepcionais e tudo aquilo.
- Eu não posso ouvi-lo – Diz o
crente pondo os dedos em seus ouvidos. E ele não pode!
Em parte por causa dos dedos, mas
em parte por causa do tom de voz.
- Que idiota! O Cético diz para si
mesmo.
- que estúpido! Diz o crente.
Então ambos se afastam,
satisfeitos consigo mesmos.
Essa discussão da Escola primária
tem-se repetido por séculos. Existe uma versão mais civilizada da discussão que
vem acontecendo há séculos. Uma conversa dos estudiosos.
A discussão tem levado a alguns a
deixar a sua fé ou mais raramente a recuperá-la. Ela levou a evolução e
bifurcação da teologia cristã. E ainda assim, dolorosamente, ela tem tipo pouco
resultado em construir mais pontes ou resolver as nossas questões mais
profundas que as brigas do pátio da escola.
O florescente ramo da ciência
cognitiva, entretanto pode finalmente nos dar uma chance de ter uma conversa
totalmente diferente sobre a religião.
Muitos dos estudiosos do
cristianismo lidam com grandes questões teológicas e filosóficas, baseadas em
nossa melhor capacidade de seguir a lógica de detectar falácias, o que é
possível¿
Se nós eliminarmos aquilo que é
contraditório e raciocínio falho, o que nos sobra sobre o nosso conhecimento do
sobrenatural?
Eles não perguntam não só: ‘O Deus
cristão existe¿’ mas ‘pode o deus
cristão existir¿’ e se sim : ‘em que forma¿’ (em outras palavras, tais resposta
não foram respondidas e mesmo assim milhares de pessoas seguem tal posição
responde com um SIM enorme a todas elas).
Essas são as questões que
apologistas e contra-apologistas tem debatido ao longo de muitos séculos. A
psicologia ao contrário não lida com o que é possível, a psicologia lida com o
que é prático e com probabilidades. Ela pergunta o que nós podemos saber de
como as pessoas e algumas vezes outros animais funcionam neste mundo natural.
Ela não assume ou nega a existência de um mundo sobrenatural, porque os métodos
da ciência não são aplicáveis a essa pergunta e os achados da ciência são
agnósticos nessa questão.
Tendo dito isso, ela assume que se
tivermos explicações naturais suficientes para eventos naturais, então nós não
afirmamos a existência de causas sobrenaturais.
Se a esquizofrenia pode ser explicada e
controlada pela presença ou ausência de certos neurotransmissores, então nós
não falamos de demônios possuindo esquizofrênicos, como era feito no passado e
em algumas religiões, principalmente evangélicas hoje em dia.
Essa pressuposição é chamada de
parcimônia da qual é básica para o estudo da psicologia, mas não somente ela. De
fato, exceto quando ameaça dogmas religiosos ela é considerada trivialmente
verdadeira.
Considere as vidas do nosso dia a
dia. Se eu penso que meu carro vai funcionar só com gasolina, eu não me
preocupo em criar regras mágicas ou rezo depois de encher o tanque com
gasolina. Litros de Hidrocarboneto são o bastante para o carro funcionar.
Se eu acho que trancar minha porta
vá manter os ladrões fora, eu não fico passando ervas protetoras em sua volta e
acima. Se eu acho que balas sozinhas matam soldados inimigos eu não contrato um
batalhão de especialistas em vodu para enfiar alfinetes em bonecos antes de ir
para a batalha.
Quando encontramos uma causa
natural que afetam os nossos relacionamentos que são suficientes para manter,
controlar ou predizer um fenômeno então assim aceitamos, sem necessitar invocar
o sobrenatural.
É por isso que uma discussão de
psicologia, especificamente emoções, especificamente as emoções de Deus é relevante
para acessar o deus cristão bíblico. A natureza de Deus pode não estar sujeita
ao estudo psicológico, mas as crenças religiosas e afirmações feitas por
humanos não são sinônimos de Deus. Se tal entidade existir. Eles são fenômenos
naturais, o que significa que estão abertos a análise através dos métodos das
ciências sociais.
A bíblia Afirma que os seres
humanos são feitos a imagem de Deus, presumidamente de acordo com a Bíblia, as
similaridades entre nossas emoções e as emoções de Deus como amor, ódio,
indignação moral, Vingança, prazer ao conseguir alguma recompensa, chamar por
companhia e assim por diante, existe por está razão.
Mas o que são emoções¿ Realmente.
Há vinte anos atrás (texto escrito
em 2014), o foco da pesquisa em psicologia era em grande parte na cognição,
nossa memória, aprendizado, atitudes e padrões de raciocínio que eram
acessíveis as nossas mentes conscientes. Mas a medida que novos protocolos
experimentais e tecnologias de imagem, se desenvolveram, se tornou possível
explorar todo um novo universo de processos que operam antes e fora nossa
consciência.
Essas novas técnicas seguram um
espelho, não só para as nossas necessidades individuais e patológicas, mas para
mecanismo de processamento de informação e distorção da informação, também
conhecido como tendência cognitiva que caracterizam nossa espécie como um todo.
A medida que a ciência cognitiva
florescia, outro campo de estudo também florescia: Ciência Afetiva (o estudo
das emoções);
A Psicologia largamente ignorou o
fenômeno afetivo por anos, as emoções pareciam muito amorfas, subjetivas, e
difíceis de serem medidas. Mas agora a neurociência pode correlacionar os
relatos com as imagens cerebrais, níveis de hormônios e muito mais. Assim a
ciência afetiva deu um salto adiante.
O crescimento da neurociência
afetiva, deu confiança aos cientistas para pesquisar como as emoções funcionam
em outros níveis. Por exemplo, na tomada de decisões ou em experiências
religiosas. A Medida que exploramos a natureza das emoções, perguntas
interessantes surgem, por exemplo
- O que significa um ser
onisciente, onipotente e bondoso ter emoções?
O teólogo cristão John Shelby
Spong uma vez disse:
‘Os cristãos não necessitam nascer
de novo. Eles necessitam amadurecer.’
Ele estava reagindo ao fato de que
muitos crentes, NUNCA deixavam o conceito infantil de um deus de bondoso ou
malvado papai do céu, um que necessita de nossa admiração, pode ser bajulado
para conseguirmos favores especiais e nos ajuda ou nos apoia quando nos metemos
em problemas.
Frequentemente se adquire as
crenças religiosas antes da adolescência (isso deveria ser tratado como um
crime, pois manipular para manter algo que é mais do que falso, deveria ser
tratado como um crime contra nossas crianças) quando somos muitos jovens para
processar abstrações (nosso cérebro ainda está em desenvolvimento, quando os
pais ensinam seu filhos em especial sobre religião, eles estão reescrevendo a
base primária da criança, forçando a estrutura a agir de acordo com está
programação, impedindo que a criança alcance rapidamente ou com maior
possibilidade de alcançar os níveis mais elevados de maturidade), quando se
ensina as crianças pequenas que Jesus as ama, elas não tem meios de definir a
palavra amor, exceto pela experiência com outros humanos, especialmente seus
pais.
A Medida que envelhecem a maioria
das pessoas não param para reavaliar os seus conceitos da infância (em outras
palavras, eles continuam a viver uma infância mesmo quando são adultos – essa
ideia parte da defesa da convicção cristã de que ser autossuficiente, possuir
maturidade, não necessitar de deus para possuir maturidade é algo ruim e deve
ser evitado – Por isso que a maioria dos religiosos não crescem tanto quanto
deveriam emocionalmente), os crentes raramente perguntam a si mesmo (isso
provém de diversos fatores, como a falta de ensino da maturidade em escolas,
dos pais e da religião. Junte todos esses pontos e é fácil compreender porque
muitos crentes não se questionam e não buscam maturidade), o que Jesus ama na
verdade significa?
Enquanto as nossas ideias da
infância funcionam para nós, em especial ideias religiosas e hábitos
religiosos, nós não paramos ou gastamos tempo para revisá-los.
Saindo de uma infância evangélica,
eu me lembro o quão chocada eu fiquei ao perceber pela primeira vez que
católicos, mórmons, e adventistas do sétimo dia também eram cristãos! (isso é o
que um sistema fechado faz com o individuo, o manipula e o programa para que
pense a haja de uma maneira que beneficie alguma ideologia ou a alguém ou a
algo), mas eles eram MAUS e cristãos
eram BONS! Eu comecei a rir.
As minhas categorias antigas já
haviam se formado muito antes de eu ser capaz de ter um bom entendimento e
poder julgar se o que estava sendo imposto diante de mim, seria algo bom ou
ruim. Olhar para as emoções de deus através das lentes da ciência afetiva nos
força para entrarmos em nossas mentes adultas.
Ela nos coloca em uma posição que
o nosso EU adulto, podem avaliar as camadas profundas dos conceitos de Deus que
estão incrustados em nós, quer nos creiamos ou não. Alguns desses conceitos
vem, não da nossa infância, mas da infância de nossas ancestrais, dos quais
viviam em cavernas.
Os autores da Bíblia Fizeram o
melhor que podiam, para ver através de nossas tradições recebidas e assim
compor, suas melhores hipóteses sobre o que era real e bom, em outras palavras
o que era Deus. Mas vivendo como eles viveram na idade do ferro, eles não
tinham como saber o quão pouco sabiam sobre si mesmo.
Nós não podemos ter feito um
progresso perfeito desde então, mas misericordiosamente nós fizemos algum.
Autora
Valerie Tarico é uma psicóloga e
autora que vive em Seatle, Washngton e autora de ‘confiando na dúvida’
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