Tenho algumas observações importantes sobre o assunto em questão:
1.
O Tempo de Leibniz e suas descobertas
2.
A Ciência Moderna e O Estudo do Cérebro
O Tempo de Leibniz e suas
descobertas
Leibniz defende seu argumento ao
afirmar que as ideias já estão impressas de alguma forma no ser. Para Leinbiz,
as ideias inatas se encontram virtualmente na alma, na qual somente os sentidos
poderão coloca-las em movimento ou em ato.
Segundo Leibniz, a experiência é, para a razão, uma confirmação daquilo
que já está presente na alma virtualmente.
Inatismo é uma doutrina filosófica segundo
a qual algumas ideias ou
conteúdos mentais estão presentes desde o nascimento, isto é, não são
adquiridos ou aprendidos.
Ciência Moderna e o Estudo do Cérebro
A ciência evoluiu de tal forma que
nos permite chegar a áreas das quais não imaginávamos chegar. Uma dessas áreas
é o cérebro. Um novo mundo foi aberto diante de nossos olhos. A Neurociência, a
Ciência das Emoções, a Psicologia, se tornaram uma excelente aliada nesta luta.
Fazendo um paralelo com a primeira
parte, segundo o Inatismo, ideias e
conteúdos mentais estão persentes desde o nascimento.
Segundo os estudos sobre o
inconsciente, sabemos que este nos programa baseado em nosso ambiente, daquilo
que percebemos exteriormente. Isso molda nossa personalidade, maturidade,
caráter, e assim por diante.
Isso quer dizer que nossa
linguagem, moralidade, conhecimento, filosofia e etc, são todos adquiridos com
o passar do tempo. Ao nascermos não possuímos ideia do que são. Por outro lado,
analisando o Inatismo a fundo, na ciência e na Psicologia, também é estudado o
fator Herança.
Se nascemos de outros seres
humanos, que vieram de outros seres humanos e assim por diante, é possível
rastrear nas apenas as origens, mas também o que herdamos. Se podemos herdar
condições, então essas ideias no estavam lá em primeiro lugar. Algo teve que
acontecer para a ideia ser impressa e compreendida racionalmente.
As Ideias e o Inatismo
Nosso cérebro por um longo tempo,
nem era considerado como parte da equação em debates filosóficos.
Para compreender o mundo a sua
volta, o homem através do conhecimento que obteve com o tempo, buscava
respostas que estavam ou estão além de sua compreensão.
Através dos estudos sobre o
cérebro, hoje conhecemos a capacidade do mesmo e de como a realidade é moldada.
Sua capacidade de adaptação é extremamente elevada.
Todo o cérebro trabalha através de
centenas e centenas de processos. Quando falamos de Ideais através do inatismo,
imaginamos uma ideia pronta, já formada, da qual ignoramos os processos que
tornaram a ideia em existente, ao menos em nossa mente, por assim dizer.
Quando Leibniz diz que a alma em
si, assemelhasse a uma ‘pedra de marmore’. O que ele está falando aqui, em uma
linguagem moderna é sobre uma Base Primária, da qual todos nós temos, e de onde
nossas emoções são providas. Nos estudos sobre a ciência das emoções, é
descoberto que temos uma base primária responsável pelo prazer e pela dor.
Essa base, pode ser moldável, não
no sentido de se tornar diferente, mas moldável no sentido de adaptar a base
para qualquer ambiente.
Só que temos um problemas, nesta
base, não existem ideias, nem mesmo formulação das ideias, e muitos menos se
utiliza da razão. Está base somente age através de emoções e sentimentos. Nós
através da razão, adicionamos diversos nomes a uma quantidade de sentimentos e
emoções enormes.
Para compreender melhor, sem as
emoções e sentimentos, nenhuma ideia poderia ter valor. Não poderíamos
reconhece-la como uma ideia ou até mesmo reconhece-la como boa ou ruim. Isso
porque ao meu ver, baseando-se em descobertas recentes, uma ideia necessidade
de todo um processo para existir. Utilizando a base primária, também utilizado
com o nome de ID por Freud, percebemos que não existe o que consideramos
moralidade. De fato, é apenas um seguir de emoções e sentimentos.
Neste caso, acredito ser muito
complicado, afirmar que temos ‘ideias inatas’ por exemplo, sobre o que seria
moral. Está afirmação demonstra que a moralidade é uma ferramenta criada pelo
homem para sobreviver em um ambiente hostil.
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