Súplica, Adulação e Subserviência
As pessoas pensam que eu sou
raivosa ,insegura ou ciumenta? as pessoas pensam que eu sou adulada facilmente?
Feliz e satisfeita? Uma maneira de saber isso seria perguntando a elas outra
seria ver a maneira como elas interagem comigo. Os cristão gastam muito tempo
interagindo com Deus ou ao menos tentando. Nós podemos não saber o que se passa
no lado da conversa de Deus mas nós sabemos uma boa parte da metade humana
As maneira como as pessoas tentam influenciar, se aproximar ou simplesmente se relacionar com Deus nos dizem como eles O percebem. Os autores da bíblia nos dão páginas e páginas de como se relacionar com Deus. Consequentemente, nós temos informações de como eles O percebiam também.
As maneira como as pessoas tentam influenciar, se aproximar ou simplesmente se relacionar com Deus nos dizem como eles O percebem. Os autores da bíblia nos dão páginas e páginas de como se relacionar com Deus. Consequentemente, nós temos informações de como eles O percebiam também.
De acordo com o cientista
cognitivo Pascal Boyer, a maioria dos seres sobrenaturais, independente de sua
forma física, tem psiques humanas incluindo emoções. O Deus da bíblia não é
exceção.
Eu disse que as ideias bíblicas de
raiva, vem de como pessoas poderosas se comportam com aquelas de pouco status.
Sermões e textos sagrados que falam eloquentemente sobre a ira divina é uma de
muitas pistas de que os autores da bíblia se relacionavam com Deus como um
humano de grande status. E a maioria dos cristãos desde então também o fazem.
Outra evidencia pode ser vista nas
visões bíblica do que dá prazer a Deus. O contraponto de um Deus facilmente
irritável, é que certa maneiras de se relacionar com Deus se dá em satisfazê-lo e
assim obter seu favor. Queimando oferendas em sacrifício por exemplo.
‘Porém a sua fressura e as suas
pernas lavar-se-ão com água, e o sacerdote tudo isso queimará sobre o altar,
holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR’. Levítico 1:9.
Além de presentes e oferendas
queimadas ou de outro tipo, que tipo de atitudes e comportamentos, satisfazem
pessoas de grande status?
Minha filha adolescente
recentemente entrou numa fase na escola de ‘princesas’ e as ‘patricinhas’. As
princesas gostam de ser admiradas e imitadas, afinal a imitação é a mais
elevada forma de elogio. Elas gostam de exclusividade e frequentemente rejeitam
garotas que gastam tempo com pessoas de fora do grupo. Elas gostam de mandar,
elas gostam de pedir e obter favores especiais, e até recebem uma gratidão
patética dos inferiores.
Se pensarmos nessa lista ela é
dolorosamente semelhante a lista que os cristãos desejam de seus seguidores.
Atenção : A ti eu rezarei noite e
dia.
Glorificação e Admiração: Porque o
Senhor é grande e deve ser louvado.
Subserviência: Eu me curvarei ante
meu Senhor, meu criador.
Dependência: Peça e lhe será
concedido.
Obediência acrítica: Receba o
reino de Deus como uma criancinha.
Exclusividade: Não tenhas outros
deuses além de mim, porque Eu sou um Deus ciumento.
Gratidão: Por esse presente
impronunciável.
Esses componentes são críticos de
como os Cristãos se relacionam com Deus. Em busca de demonstrar esse ponto eu
fui até o meu navegador e teclei ‘preces para crianças’.
A primeira que apareceu, foi um
verso de uma oração para iniciar o dia de uma criança. Ilustra claramente:
Perceba: Tem curva-se (um gesto de
subserviência), gratidão, glorificação, obediência e dependência.
Ela começa assim:
‘Senhor, pela manhã eu começo o
dia, tomando um minuto para Curvar-me e rezar.
Eu começo com OBRIGADO e lhe dou
GRAÇAS, de todas as suas maneiras gentis e amorosas. ‘
E termina assim: Segure minha
família em suas mãos, enquanto nós SEGUIREMOS AS SUAS ORDENS e eu o MANTEREI
POR PERTO a vista, até eu ir para a cama à noite.
Eu poderia oferecer outros
exemplo, mas o ponto que eu estou defendendo, me parece uma verdade
trivial. O que talvez não pareça tão
óbvio são as suposições escondidas nesse antropomorfismo.
Essas demonstrações de submissão
descritas acima são valorizadas por humanos porque nossa espécie desenvolveu em
condição de insuficiência, quantidades limitadas de comida, quantidade limitada
de parceiras para que cada homem tivesse quantas ele desejasse, quantidade
limitada de terras férteis e assim por diante.
Hierarquia de dominância aparecem
em virtualmente todos os animais sociais que necessitam competir por recursos e
demonstrações de submissão são parte de uma subordinação que permitem a essa
hierarquia ser estabelecida sem violência física.
Por exemplo, galinhas mais fracas
se encolhem e se afastam da comida ou saem do poleiro mais confortável se o
galo superior a sua ordem chegar. Em chimpanzés, um subordinado pode se
abaixar, ou pode estender a sua mão ou pode guinchar. Os humanos demonstram
submissão tanto por palavras como por comportamentos e esses sinais também são
tão penetrantes que atores são treinados a incorporá-las em todas as suas conversas.
Isso acontece porque atuação e
improvisação tendem a ficarem fracas a menos que a hierarquia social esteja
estabelecida entre os personagens.
Como especialistas de informação
sociais nós dependemos uns dos outros mas também competimos uns com os outros e
para minimizar quanta energia dependemos competindo, nós estabelecemos
hierarquias. Nosso desejo de conseguir a melhor posição que podemos na
hierarquia nos torna emocionalmente inseguros. Nós não temos certeza de onde
nós ficamos. Sinais de que outras pessoas vão se submeter a nós nos asseguram.
A maioria das pessoas se sentem
desconfortáveis quando ao saber que islã significa submissão. As imagens de
submissão forçada pode ser bem vividas, mas ainda assim, a realidade é que a
dominação e a submissão são parte integrante de todas as religiões com deuses
personificados.
Mesmo que humanos que são
comunicadores criativos, alguns de nossos comportamentos religiosos podem ter
raízes biológicas específicas. Veja, por exemplo, o ato de abaixar a cabeça
para rezar. Provavelmente pode ser rastreado a antigas posturas que permitem
aos plebeus acessarem a realeza. A palavra ‘prostrar’ hoje significa mostrar
uma deferência exagerada ou penitência para agradar a alguém.
Mas sua raiz parece estar
relacionada com a palavra ‘prono’ e pode ter a ver com a postura física
necessária para aproximar-se do Rei. Um paralelo com a palavra ‘kowtow’, que
significa se portar com uma submissão extrema para satisfazer uma figura
autoritária. Isso deriva da prática tradicional Chinesa de se abaixar tanto que
sua testa toca o chão.
Esses comportamentos por sua vez
se derivam de algo ainda mais ancestral. Em outros primatas, curvar-se comunica
submissão a um animal de maior status. Isso pode ser uma maneira de evitar uma
luta quanto às tensões estão altas.
Nesse mundo, se entendemos nosso
lugar, se nos comportarmos de maneira submissa, então as pessoas de poder podem
nos deixar viver e nós mesmo podemos ganhar status pela proximidade.
Eu recentemente fui convidada para
uma reunião em um clube de investimentos na casa de uma mulher poderosa. Eu não
pude deixar de notar as ações dos convidados que eram menos ricos e menos
sociáveis. Eles expressavam gratidão pelo convite exclusivo. Os elogios ao
serviço de bufê foram efusivos. As palavras da anfitriã ganhavam mais
concordância. Todos nós se sentíamos afortunados de fazermos parte de seu
círculo.
Os cristãos conquistam status, ao
menos aos olhos de seus pares e em suas mentes por causa da proximidade com Deus.
Eu não estou sugerindo que os cristãos sejam particularmente arrogantes, porque
eu não acredito que isso seja verdade.
Eu penso que todos nós estamos
simplesmente programados para nos orientar de acordo com suposições
hierárquicas. Elas são impossíveis de escapar. Buscamos vantagens nessa
hierarquia. Eu penso que esses relacionamentos hierárquicos são mediados pelas
emoções, que nós intrinsecamente as esperamos em uma psique humanoide.
Desde que a Bíblia Cristã descreve
a pessoa-deus que se relaciona com humanos (Jesus) é inevitável que os crentes
respondam a esse padrão. Se o mundo fosse diferente, o cristianismo bíblico
poderia se centrar na libertação do desejo ou estudos éticos ou atos de
compaixão como algumas formas de budismo.
Ele poderia se focar na ‘Anisa’ ou
não violência como o Janismo. Mas isso, eu acho, necessita de uma Bíblia
Diferente.
Como o Deus do islã, o Deus da
Bíblia está principalmente interessado em adoração. Isso é o que os textos sagrados nos dizem, e
os crentes respondem. Como uma consequência, um consentimento intelectual
acompanhado por comportamentos submissos, demonstração de devoção são centrais
em ambas as religiões.
A maneira como os crentes
interagem com Deus, tanto na vida moderna, nos dizem com quem eles pensam que estão
falando.
Infelizmente os nossos conceitos
de deus são de vítimas do que sabemos sobre os chefões humanos. Isso significa
que não só Deus tem emoções, mas várias delas não são muito boas.
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