‘Se a Teoria da evolução for
viável. Se eu abrir esse pote de pasta de amendoim talvez não frequentemente
mas em algumas ocasiões eu devo achar vida nova aqui dentro. Você pode sorrir disso.’
Ai, Jesus, você está falando
sério¿ Bem, vamos tentar esclarecer o
que é a Teoria da Evolução e se realmente prevê que novas espécies vão saltar
de um pote de pasta de amendoim.
Uma coisa que todos sabemos sobre a Teoria da Evolução é que foi
proposta por Charles Darwin a uns 150 anos atrás. Bem, não exatamente. A ideia
de que organismo evoluem estava boiando por uns 2000 anos antes de Darwin e foi
revivida um pouco antes de seu tempo por Jean Baptiste Lamarck. Porém, não
ganhou muito território, porque não havia um mecanismo óbvio no qual um tipo de
animal se tornaria outro animal.
Lamarck sugeriu que talvez os
animais mudariam, porque eles sentiam a necessidade de mudar. Isso não soou
muito científico e sem evidencias para suporta-la, a ideia não foi muito longe.
O que Darwin fez foi mostrar um mecanismo plausível no qual essas mudanças
poderiam ocorrer e não vamos esquecer de Alfred Russel Wallace, que tee a mesma
ideia e a publicou junta. O jornal que eles escreveram foi o seguinte:
‘Darwin descobriu o que ele chamou
de ‘O principio da Seleção Natural’. Hoje em dia a gente tende a chamar isso de
‘A Teoria da Evolução’ como um tipo de simplificação, mas isso causa confusão,
porque nós também usamos o termo ‘Teoria da evolução’ para descrever o fato de
que organismo evoluem. Deixarei as evidências físicas e as provas para a
evolução no próximo texto. Neste texto eu quero olhar o mecanismo para ver se
sentados em nossas cadeiras, sem fazer nem um pouco de pesquisa, nós podemos
prever a evolução em animais puramente com base no que sabemos.
1.
Animais se reproduzem
2.
está
réplica não é perfeita, sempre há variações.
Pensando somente nestes dois fatos
e nada mais o que podemos esperar acontecer se nós ficarmos copiando um
determinado animal que acabamos de criar em nosso imaginário, geração após
geração em um ambiente de mudança?
Digamos que este animal imaginário
vive em um clima tropical, pastando felizmente capim e planta. Nós sabemos
através dos nossos princípios que nem todo animal é igual. Um animal de uma
mesma espécie pode nascer com o pescoço um pouco maior, outros podem ter pernas
um pouco maiores, outro pode ter garras maiores e outro pode ter o corpo mais
peludo.
Com o tempo o rebanho desses
animais se espalhariam pelo continente; Mas o clima muda e o continente fica
árido. Apenas pequenos arbustos e bulbo duros conseguem sobreviver. Os animais
com o pescoço um pouco mais longo podem obviamente alcançar mais folhas que
seus vizinhos. Inevitavelmente os animais mais altos e com o pescoço maior são
bem alimentados e saudáveis, e portanto se reproduzem mais.
Algumas gerações mais tarde, a
seca faz com que um grande número de animais diminuam por não possuírem as
características necessárias para conviver neste ambiente, porém os animais de
pescoço grande estão em maior número, já que seu pescoço sendo maior permite-os
sobreviver neste novo ambiente. Porém a seleção natural não para simplesmente
porque o tamanho médio do pescoço aumentou . Os animais com o pescoço mais
longo dos pescoços longos, tem agora uma vantagem sobre os demais animais de
pescoço longo, e assim o processo continuar.
Isso é bem fácil de entender. Você
deve estar se perguntando porque é tão mal entendido:
‘Eu estou curioso, há alguém no
palco que não concorda/acredita na evolução?’
Ok, pelo melhor dos candidatos republicanos
e também para o homem da pasta de amendoim, vou dividir esse processo em
pequenos passos, e veremos onde está o problema.
1.
Animais se reproduzem.
2.
Sempre há variações.
Claramente aí não há argumentos.
Sabemos que de fato animais reproduzem e que sempre há variações, já que a
cópia não é perfeita.
3.
Essas variações nos traços são repassadas.
Isso quer dizer que filhos são
como seus pais pois herdam seus traços.
4.
Quando um habitat muda, alguns desses traços
concedem alguma vantagem.
Por exemplo, se é muito frio em um
habitat, animais mais peludos terão melhores chances de sobreviver. Acredito
que isso é bem óbvio.
5.
Genes que concedem traços vantajosos sobrevivem
e são repassados.
Como os genes de animais mais
peludos em um habitat frio. Genes que não confirmam essas vantagens tendem a
não serem repassados, porque os animais que não os carregam tem uma pequena
chance de sobreviver.
Depois de muitos anos rejeitando
esses passos simples da seleção natural, alguns pastores criacionistas estão
agora as aceitando. O que indica que
eram contra, sem conhecer como funciona de fato a Seleção Natural.
Assim como mais e mais espécies de
animais aparecem no registro fóssil, a arca de Noé estava correndo o risco de
naufragar com o próprio peso, alguns pastores criacionistas propões agora que
Noé encheu sua arca com diferentes ‘tipos’ de animais e esses então evoluíram e
estenderam-se a esta vasta variedade que vemos hoje. Porém a evolução de
verdade leva milhões de anos, já para a evolução criacionista compacta todas essas
mudanças em cerca de dois mil anos.
Um museu criacionista ensina sobre
a superevolução, mas eles aceitam a evolução com uma importante interrupção do
processo:
- ‘Evolução não leva a criação de novas
espécies’. Alguns criacionistas podem dizer.
Essa é uma conclusão muito
interessante, mas que tipo de evidencia física eles possuem para suporta-la?
NENHUMA!!!! Ok, eles utilizam a
Bíblia. OK, NENHUMA EVIDENCIA FÍSICA!!!
No lugar de evidencias,
criacionistas suportam suas alegações com um simples argumento, que evolução
para novas espécies nunca foi observada. Em mamíferos isso não é de
surpreender, você simplesmente não notaria, afinal levariam apenas 60 anos para
observarmos mudanças. Como por exemplo, de um recém nascido até quando este
possuir 60 anos.
Porém eu duvido que tenhamos
notado alguma mudança em relação ao dia a dia quando este mesmo individuo parou
para se olhar no espelho. Se todo fenômeno científico tivessem que ser
diretamente observado nós poderíamos então dar ‘tchau’ para conceitos como
corrente elétrica ou a divisão de átomos ou o movimento do sistema solar ao
redor de nossa galáxia. Nenhum desses pode ser observado diretamente, eles são
deduzidos a partir de outras observações.
Como vimos certos animais podem se
tornar maiores com o tempo para poder sobreviver a uma mudança no clima, mas
pode haver outras maneiras de sobreviver. Por exemplo, os animais que não
possuem um pescoço longo podem não serem capazes de competir pelas folhas mais
altas, porém por ter unhas maiores, ele
pode cavar mais facilmente por bulbos, tendo então uma melhor chance de
sobreviver. Assim seus genes seriam repassados.
A pergunta não é SE os animais
mudariam com o tempo mas o que poderia para essas mudanças. Cada mudança na
geração pode ser pequena mas com milhões de anos de mudanças acumuladas em um
habitat em mudança leva a dois animais completamente diferentes.
A pergunta é se a partir daí o DNA
deles seria tão diferente que eles não poderiam mais se procriar.
Anti evolucionistas tem suas
objeções que sempre vem a tona:
‘Como podemos ir de um organismo
de uma célula simples para algo tão complexo como o cérebro humanos¿’
Bem, se você está imaginando algo
como um passe de mágica que levou uma célula a se transformar em um cérebro,
então obviamente não é possível. Porém, usando a nossa Teoria da Seleção
Natural e dividindo em passos evolucionários, é fácil de entender.
Organismos simples teriam um
sistema sensorial como na ameba, que pode sentir calor, frio e químicos. Isso
poderia então evoluir para um sistema sensorial com processador central, assim
como os de insetos. Indivíduos com sistema nervoso central mais organizado,
poderiam fazer mais coisas e repassar suas características melhoradas. O
processador central se tornaria maior e melhor.
‘Como pode algo tão complexo como
o olho humano ter evoluído¿’
Mais uma vez em etapas. Eu não
irei gastar meu tempo explicando a evolução do olho aqui, porque você pode
encontrar a resposta a essa pergunta tanto no google quanto no youtube.
Alguém pode perguntar: ‘Evolução,
exigiria que informação não existente aparecesse ...’
Não. Evolução requer variação. Se
‘informação’ é uma maneira especial de dizer orelhas maiores, corpo mais peludo
e um pescoço maior, então está ótimo, nós sabemos que isso ocorre. Nós podemos ver.
Se informação quer dizer adicionar partes completamente novas milagrosamente,
então obviamente isso não acontece, e nós já sabemos porque. No próximo texto
mostrarei as evidencias de que animais adaptam morfologias existentes para
novas tarefas.
Alguns ainda podem dizer:
‘Evolução é um acidente aleatório’
Tente caracterizar evolução como
um ‘acidente’ não muda o que ela é, ou a evidencia para ela. Claramente não
existe nada de ‘aleatório’ a respeito da seleção natural, porque genes só
sobrevivem se eles forem mais bem adaptados para sobreviver.
Ainda outros podem insistir:
‘mutações são erros, então como elas podem ser benéficas¿’
Mutações é apenas o resultado
inevitável do DNA que não produziu uma cópia perfeita do original, o que é
muito comum. O resultado é variação, e não um exercito de ficção científica de
tartarugas ninjas. Em fato, existem novas evidencias que mutação não tem uma
função muito importante na seleção natural e essa seria uma boa hora para
olharmos o que aprendemos sobre Darwin.
Quando Darwin e Wallace publicaram
seu jornal sobre seleção natural, Louis Pasteur estava desenvolvendo sua Teoria
patogênica da medicina – a ideia de que germes causam doenças. Mas seria
ridículo presumir que biologistas não aprenderam nada sobre patogênicos desde
1860. É claro que nosso conhecimento
aumentou. Então pegue nosso conhecimento sobre evolução, o que seria
diferente?
Biologistas agora sabem que
mutação pode não ser o grande motor da mudança. DNA pode ser mudado por
proteínas que ligam e desligam genes – um processo chamado Regulação Cis.
Epigenesia é uma grande área, mas muda drasticamente a premissa de Darwin que
genes estão passivamente parados ali esperando serem manipulados pelo habitat
em transição ao seu redor, simplificando, biologistas descobriram que DNA pode
exagerar traços que estão sendo selecionados naturalmente.
Ao invés de ser a mudança lenta e
estável que Darwin contemplou, a evolução parece acontecer aos trancos e
barrancos. É como se seleção natural ocasionalmente sofresse acelerações.
Regulação Cis e Epigenesia poderia explicar porque isso acontece. Essas e
outras muitas descobertas não derrubam a ideia do século XIX sobre Seleção
Natural, da mesma forma que microbiologia moderna não derruba as descobertas de
Louis Pasteur. Porém elas mostram que as ideias de Darwin eram brutas e
incompletas. Existem bem mais sobre o mecanismo da evolução para ser
descoberto.
Ok, então nós deduzimos do
conforto de nossas cadeiras que evolução convêm acontecer, ao menos eu espero.
Agora é hora de pesquisar e de ver se essas ideias são apoiadas por evidencias
físicas.
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