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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Refutando o Argumento Pessoal


É muito comum os teístas simplesmente aceitarem uma determinada posição e não aceitarem de forma coerente a mudanças ou argumentos superiores aos que utilizam.

A um bom tempo venho utilizando diversos argumentos interessantes, um deles, é um dos meus favoritos e através dele consigo invalidar o argumento da Fé e o Argumento Pessoal. Existe duas formas que gosto de utilizar este argumento:

1.                      Através do que vemos ao nosso redor
2.                      Através das descobertas sobre como funciona nosso cérebro

Hoje, irei abordar o segundo caso, e falar um pouco em como somos programados e o que seria essa programação.

Muitas pessoas possuem um computador. Eles o utilizam no decorrer do dia a dia para diversão, entretenimento, trabalho ou passa tempo. Um computador é programado por vários especialistas, desta forma podemos utilizar nosso computador adequadamente. Se faltar alguma peça como o Hard Disk, acontece erros, da mesma forma se faltar memória, falta a Tela, faltar a placa mãe ou a fonte. Bem, se faltar qualquer uma dessas peças, o computador tende a dar erro e mesmo que o computador tenha sido programado adequadamente para funcionar, mesmo assim conteria erros. Porém, o computador não possuí capacidade de pensar sozinho, se programar sozinho, de sentir e tocar.

O ser humano é um computador muito sofisticado. Temos não apenas a programação, mas possuímos muitos mais do que computadores como a capacidade de tocar, sentir e principalmente a capacidade de se auto programar. Essa parte faz muitos teístas ficarem insatisfeitos, já que os mesmos, em sua grande maioria acreditam que essa programação e tudo o que somos veio a existência graças a alguma Divindade, porém, quanto mais estudados e buscamos conhecimento, mais podemos ver a não necessidade de uma divindade para que esses processos aconteçam.

Dada a quantidade de pessoas no mundo e também dada a quantidade de pessoas que acreditam e creem em algo, é muito improvável afirmar que aquilo que sentimos prova a existência de alguma coisa. Quando temos a influência de algum objeto externo, iremos sentir algo em relação a este objeto, porém Divindades não vem a existência a partir de objetos externos mas sim de influências e processos internos. Dada a quantidade de pessoas que dizem que aquilo que sentem prova a existência de algum Deus, é muito improvável chegar a conclusão da existência de um ser divino, dada a quantidade de pessoas que acreditam em diversos deuses diferentes, é impossível saber qual é verdadeiro baseado naquilo que sentimos.

O mundo evoluiu, e o conhecimento moderno, surpreende cada vez mais. Enquanto alguns ignoram a importância do conhecimento moderno, mesmo que entrem em contradição pois tudo que utilizamos hoje é graças ao conhecimento, essas pessoas tendem a não aceitarem adequadamente as evidencias, por dois motivos:

Ø     Baseado no nível de intensificação de uma determinada crença, ideologia ou filosofia, este individuo é programado a não aceitar qualquer coisa que possa influenciar negativamente sobre aquilo que ele acredita.

Ø     Algumas pessoas simplesmente negam o conhecimento, pois querem negar. Eles não ‘precisam’ do conhecimento moderno para seguirem aquilo que acreditam, então negam.

No primeiro caso o individuo é obrigado a seguir aquilo que sente, tanto que aquilo que ele sente, influencia tanto que o individuo não tem escolha. Podemos observar essa forma de obrigação através das experiências de quase morte e também podemos observar esse tipo de posição de mente estreita em pessoas fanáticas, preconceituosas, radicais, militantes, que aceitam algo como uma verdade absoluta, que trocam a realidade objetiva por uma subjetiva. Aqui não importa se o individuo é ateu ou teísta, os pontos mencionados acima, podem ser encontrados tanto no ateísmo como no teísmo. Porém no teísmo encontramos essas pessoas com maior frequência.

Essas pessoas mencionadas acima, tendem a possuir um grau de maturidade em níveis comuns ou abaixo dos níveis esperados, como consequência a programação do individuo é voltada para defender tal posição não importa o que possa acontecer. Essas pessoas seguem o que sentem, seguem o que o seu instinto diz. Assim como uma criança que não possuí a razão ou a inteligência para conseguir controlar seu instinto, muitos adultos também seguem seu instinto.

Podemos dizer que esses adultos ainda são como crianças que não querem crescer emocionalmente pelo fato de receberem prazer, satisfação, sentido, daquilo que sentem. É muito complicado lidar com pessoas assim, tanto porque elas negam a lógica, a razão, o conhecimento, principalmente se tais pontos importantes vai diretamente contra aquilo que acreditam. Porém, se aquilo que foi dito estiver de acordo com aquilo que seguem, eles tendem a aceitar.

Diferentemente de um computador, não precisamos de um Programador para programar quem somos, muito pelo contrário, desde o momento em que começamos a ser gerado, começamos a ser programado de acordo com nosso ambiente. Uma criança não sabe o que é certo ou errado, isso quer dizer que não nascemos com qualquer senso de moralidade, o que demonstra que a moralidade não provêm de deus, caso provesse desde pequenos saberíamos o que seria o certo ou errado. Através da programação de nosso ambiente, acabamos acreditando e vivendo dentro de uma determinada cultura. Bem, se nascemos em diversos países diferentes, seríamos programados de forma bem diferente baseado em nosso ambiente.

O teísta cristão se nascesse na cultura islâmica, seria programado a aceitar o Deus islâmico, e o mesmo vale para qualquer outra forma de crença, desde judeus, hindus, monges e etc. Sabemos que quanto mais cedo ensinarmos nossas crianças, com maior facilidade elas tendem a serem programadas a agir segundo está programação, porém se os pais continuam a acreditar que ensinar seus filhos a seguirem seus passos é uma boa ideia, então os pais estão falhando com seus filhos por priva-los do ensinamento através da maturidade. Por causa disso, muitos pais falham com seus filhos, a melhor parte é que muitos deles falham acreditando que estão fazendo algo correto.

Isso me levanta a questão: Porque mesmo sendo 'iguais', acreditamos em coisas tão diferentes?

Essa pergunta me incomodou por muito tempo, até que compreendi e encontrei a resposta. Encontrei essa resposta em psicologia e seus estudos sobre o cérebro.

Todos nós temos um mesmo instrumento e este instrumento é capaz de adaptação a qualquer ambiente ao qual estamos inseridos.

Todos nós acreditamos em algo, o interessante é que o mesmo processo que gera a ‘crença’ em algo para um Cristão, é o mesmo processo para um Judeu, islâmico, satanista ou qualquer outra crença existente. Conforme o tempo passou descobri que um mesmo processo era direcionado para objetos diferentes, desta forma transformando tal objeto em algo necessário para aquele que acredita em tal objeto.

Essa é apenas um de diversos outros processos. Quando descobri que, temos a mesma ferramenta porém direcionada para objetos diferentes, meus olhos se abriram e pela primeira vez pude ver que nenhuma DIVINDADE baseada neste processo existe. Isso quer dizer que qualquer Deus aceito de forma pessoal, não importa qual seja, é uma forma do individuo se conectar a uma ideia. Essa ideia seria intensificada acima de outras ideias por este processo. Em muitos casos está ideia é tão intensificada que se torna uma verdade absoluta. Torna-se algo que traz sentido de vida e não conseguimos imaginar vivendo sem aquilo.

Sabendo que nosso cérebro é capaz de coisas maravilhosas, não me surpreende que o mesmo seja capaz de nos fazer acreditar em algo. Uma forma de testar o argumento oferecido é analisando as pessoas ao nosso redor. Algumas vez já se questionou o porque de algumas pessoas terem enorme valor e outras pessoas não terem tanto valor? Qual a diferença entre o valor que sua mãe tem pra você, comparada as outras mães no mundo?

Aqui temos um exemplo deste processo. Após nascermos além da ligação biológica com nossos pais, temos também a programação a partir do ambiente. Não conhecemos nada além do que aquilo que sentimos. Sentimos o calor e o prazer da proteção de nossos pais. Sentimos a dor e nos afastamos dela, buscando aquilo que nos traz maior prazer, conforto e segurança.

Nossos pais se tornam uma das primeiras programações que temos. Essa programação durará para toda vida de tal forma que mesmo que alguém apareça dizendo possuir evidencias de que seus pais não são seus pais, isso não faria diferença, pois a programação lhe obriga a acreditar que seus pais são seus pais, mesmo que não sejam seus pais. Esse vínculo criado entre o individuo e o objeto pai e mãe, foi intensificado ao ponto que ultrapassou o limite emocional que conscientemente podemos controlar. Toda vez que esse limite é ultrapassado tendemos a nos adaptar da melhor forma, em outras palavras, tendemos a fazer exatamente aquilo que nos obriga emocionalmente a fazer.

Cheguei a conclusão de qualquer crença é subjetiva, da qual somente o processo que nos permite acreditar em algo é verdadeiro. Qualquer ideologia, música, filosofia, verdades pessoais, crenças limitantes, sentido de vida, entre diversas outras, nada mais é do que um objeto ao qual o processo ‘acreditar’ foi direcionado.

Para os teístas, tal argumento é impossível de ser aceito, já que os mesmo dizem que tudo provêm de deus. O único argumento teísta válido contra este argumento, é dizer que uma determinada divindade nos criou e que não possuí qualquer ligação conosco. Porém, o ato de acreditar nesta divindade é um processo de individuo criando vínculo com um determinado objeto ou ideia. Independente se este ser exista ou não, o processo faz o individuo acreditar que tal ser exista.

O argumento pessoal e a Fé caem por terra contra este argumento. Este argumento demonstra que a ‘Fé’ (convicção + esperança) nada mais é que um de diversos processos comuns em nosso cérebro, porém para o teísta foi direcionado para a ideologia que segue, independente de qual seja ela. O argumento pessoal é baseado na conexão entre o individuo e um objeto ou ideia, porém novamente o processo por trás desse vínculo é algo natural e todos nós temos, a diferença é que para o teísta é direcionado para uma determinada ideologia. Novamente encontramos a mesma subjetividade no resultado ao qual estes processos levam.

Por muito tempo sabia que tinha algo errado com o argumento da Fé e o argumento pessoal. Descobrir o que é, pra mim foi algo maravilhoso. Este processo leva diretamente para a não existência de qualquer Deus ideológico ou qualquer Deus aceito como pessoal. Aquela velha história teísta de que ‘somente porque não vemos algo não quer dizer que este algo não exista’, finalmente caiu por terra. Pois o processo que gera a ideia de que algo existe, faz o individuo conscientemente buscar uma razão para que aquilo que não existe de fato venha a existir.

Qualquer deus ideológico ou pessoal, não pode existir devido ao processo que nos faz acreditar que uma determinada ideia é real. O processo de acreditar cada pessoa possuí, porém cada pessoa direciona para uma determinada cultura, crença, filosofia, ideologia e etc, porém temos muito mais em comum do que imaginamos. O que demonstra que este processo funciona perfeitamente. Eis alguns exemplos:

Ø     Todos temos alguém que possuí enorme valor ao qual mesmo com evidencias não seriam o suficiente para nos afastar de alguém com este valor.

Ø     Todos nós temos ideologias e filosofias de vida, o que demonstra que este processo funcionada perfeitamente.

A muito tempo cheguei a conclusão de que ideias são subjetivas e finalmente entendi o porque. A ideia não é importante, mas o processo que permite que está ideia se torne importante é o que importa.

Com isso tenho mais do que o suficiente para afirmar que Não existe qualquer Deus ideológico ou Pessoal. Para negar este ponto, basta dizer que tais  processos não existem, porém se tais processos não existem, como você acredita em seu Deus¿ Sem esses processos é impossível para qualquer individuo acreditar em algum Deus, não importa qual seja este Deus.


Porém, lembrando do argumento do conceito de Deus, demonstramos que deuses pessoais e ideológicos não existem, porém não existe nada voltado a um projetista. Para finalizar quero que compreenda que este projetista não necessita de adoração, não necessita de nosso amor e muito menos se preocupa em dar amor. Ok¿ Forte Abraço.
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Item Reviewed: Refutando o Argumento Pessoal Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli