Talvez julgueis que estou indo
demasiado longe, quando digo que ainda assim é. Não julgo que esteja. Tomemos
apenas um fato. Concordareis comigo, se eu o citar. Não é um fato agradável,
mas as Igrejas nos obrigam a referir-nos a fatos que não são agradáveis.
Suponhamos que neste mundo em que hoje vivemos, uma jovem inexperiente case com
um homem sifilítico. Neste caso, a Igreja católica diz ‘Esse é um sacramento
indissolúvel. Devem permanecer juntos por toda a vida’. E nenhum passo deve ser
dado por esse mulher no sentido de evitar que dê a luz a sifilíticos. Isso é o
que diz a igreja católica. Quanto a mim, digo que isso constitui uma crueldade
diabólica, e ninguém cujas simpatias naturais não tenham sido embotadas pelo
dogma, ou cuja natureza moral não esteja inteiramente morta a todo sentido de
sofrimento, poderia afirmar que é justo e certo que tal estado de coisas deva
continuar.
Este é apenas um dos exemplos. Há
muitas outras maneiras pela qual a Igreja, no momento, com sua insistência
sobre o que prefere chamar moralidade, inflige a toda espécie de pessoas
sofrimentos imerecidos e desnecessários. E, naturalmente, como todos nós
sabemos, é ainda, em grande parte, contrário ao progresso e ao aperfeiçoamento
de todos os meios tendentes a diminuir o sofrimento no mundo, pois que costuma
rotular de moralidades certas acanhadas regras de conduta que nada tem a ver
com a felicidade humana – e quanto se diz isto ou aquilo deve ser feito, pois
que contribuiria para a felicidade humana, eles acham que nada tem a ver,
absolutamente, com tal assunto. ‘Que é que a felicidade tem a ver com a moral¿
O objetivo da moral não é tonar as pessoas felizes’.
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