Por Potholer54
A uns 400 anos
atrás, Galileu estabeleceu um experimento para testar sua hipótese que objetos
aceleram na medida que caem. O que foi um ato extraordinário, árabes
intelectuais tinham feito o mesmo por séculos mas enquanto suas ciências eram
vastamente aceitas e admiradas na Europa seus métodos de experimentação eram
encarados com desprezo.
A Igreja Cristã
mantinha que conclusões poderiam ser alcançadas somente através de discussão e
lógica, como foi ensinado por Aristóteles. O exemplo simples de Galileu mudou
tudo isso e começou uma revolução que nos levou de superstições e crenças
medievais para o que é conhecido como ‘O Iluminismo’ (Não tem nada a ver com os
‘Iluminats).
Ciência é
simplesmente conhecimento. O que realmente queremos dizer quando falamos de ciência
é o método no qual esse conhecimento se originou em centenas de anos, as regras
de ouro da ciência tem sido afiadas e aperfeiçoadas para assegurar uma
meticulosa precisão e imparcialidade e elas começam com algo que foi uma
excomunhão para a Igreja Medieval que era que : 1. Basearás as tuas conclusões
em evidências.
Ciência é
definida como o ramo do conhecimento sistematizado como campo de estudo ou
observação e classificação dos fatos atinentes a um determinado grupo de
fenômenos e formulação das leis gerais que os regem.
Evidência em
sua forma mais básica é uma observação. Está regra diz que uma conclusão deve
ser baseada em observações. Quanto mais evidências melhor será a conclusão.
Essa não é somente a base do método científico, mas também é a base de TODO
nosso sistema legal.
Nenhum tribunal
de justiça começa com a conclusão que um suspeito é culpado ou inocente e
depois passa a sentença e mais tarde ouve a evidência para confirmar a
infalibilidade de seu veredito.
Há outras
regras do terreno das pesquisas científicas que podem soar igualmente óbvias.
Vejo como muitas delas também são usadas em tribunais de justiça.
2. Medirás
objetivamente, não suporás seletivamente.
3. Apoiarás
tuas afirmações em evidências: Em outras palavras, dizer algo é um fato não o
faz um fato.
4. Usará grande
número de amostras.
5. Teus testes
devem ser cegos.
6. Teus testes
devem ser controlados.
7. Deverás
citar tuas fontes de informação.
8. Tuas fontes
devem ser confiáveis, verificáveis e contar com evidências.
9. Opinião não
é fato.
10. Não farás
falso testemunho ( Não trapacearás).
Todas as
pesquisas científicas deve seguir essas regras de ouro e se as regras não são
seguidas então não é ciência. Isso não é um obstáculo para uma pesquisa de
mente aberta, assim como as regras de um tribunal de justiça não são um
obstáculo para a justiça ou as regras de um jogo de futebol não são um
obstáculo para um jogo limpo. Pelo contrário, elas asseguram imparcialidade e
um resultado justo e preciso.
Então se nós
concordamos que todas essas regras são justas, então vamos ao próximo passo que
eu chamarei de ‘O Procedimento Científico’.
O
problema.
Imaginamos que
uma jovem cientista chamada Jane. Ela lê relatórios de pesquisa e dados sobre
um misterioso fenômeno natural. De repente ela tem uma ideia do porquê de sua
natureza, em termos científicos ela tem uma hipótese.
A Previsão
Para ver se sua
hipótese está correta, Jane faz uma previsão sobre o que deveria acontecer com
esse fenômeno natural dentro decertas circunstâncias. Agora vem sua primeira
etapa.
O teste
Por três anos
Jane deve executar experimentos, tomar medidas e colher dados a medida que
testa a hipótese, a todo momento seguindo detalhadamente as regras de ouro do
método científico. Quando o projeto de pesquisa termina Jane pode descobrir que
suas previsões estavam erradas e terá que mudar a hipótese e recomeçar tudo de
novo. Porém se as precisões estiverem corretas ela escreve os resultados em um
relatório e o envia a um jornal científico.
Depois ela
encontra a segunda etapa.
Revisão
Especialistas
na mesma área examinam o relatório procurando por algum engano. Se ela seguiu o
método científico meticulosamente e seus cálculos estão corretos o relatório
entra na fase final.
Publicação
Quanto tudo
está dentro dos conformes sem qualquer erro ou algum engano, Jane terá seu
trabalho publicado.
Replicação
A etapa final
vem quando outros pesquisadores tentam replicar os experimentos de Jane, eles
garantirão que não há outras explicações para seus resultados. Um desses
pesquisadores pode levar os experimentos de Jane mais além e descobrir não só o
que acontece mas o porquê.
Existem muitos
equívocos quanto a replicação e é frequentemente usado como um argumento contra
a evolução tal como:
‘Evolução
envolve eventos que não poder ser reproduzidos em laboratório, portanto depende
da ciência em um sentido comum da palavra’. – creationism.org.
Ciência é um
dedução baseada em evidência e não na recriação de eventos passados em um
laboratório. Promotores não tem que replicar um assassinato para mostrar que um
assassinato ocorreu, um corpo amarrado e amordaçado com várias punhaladas
geralmente é o suficiente.
A replicação
dos resultados quer dizer que se a Jane baseia suas conclusões em experimento então
esse experimento tem que ser repetível por outros pesquisadores. Se ela o
baseia em algo que ela observou, eles devem ser capazes de observar também.
Isso quer dizer que as evidencias apresentadas na teoria da evolução é capaz de
que outros pesquisadores também possam fazer a observação.
Se ela alegar
ter esfregado uma lâmpada de óleo e ter visto um gênio sair dela então seu
resultado será invalidado se outros pesquisadores não poderem fazer o mesmo.
Isso não significa que ela não viu o gênio, cientificamente quer dizer que a
posição de Jane não é válida e será desconsiderada como evidência.
Muitas pessoas
possuem sonhos, EQMs, experiências extra corporais, aparições de óvnis entre
diversas outras coisas, muitas delas ainda continuam invalidas outras estão
sendo estudadas para uma melhor compreensão como as EQMs e as experiências
extra corporais, entre outras.
Por diversos
motivos é difícil levar em consideração que amigos imaginários existam,
cientificamente isto é invalido, porém, existe formas indiretas de compreender
a questão e descobrir o porque, quando e como a pessoa passa a ter um amigo
imaginário.
Na ciência, se
os pesquisadores não puderem ter o mesmo resultado obtido por outro
pesquisador, então o resultado será invalidados.
Falsificação
Não serve para
nada se a Jane explicar que o gênio só vai aparecer de novo daqui a 1000 anos,
simplesmente não há uma maneira de falsificar essa afirmação. Uma hipótese tem
que ser falsificável ou ela não pode ser testada.
Somente depois
dessas cansativas etapas terem sido superadas com sucesso a ‘Hipótese de Jane’
se tornará a ‘Teoria de Jane’.
Teoria
Existem também
um mal entendido com respeito a palavra ‘teoria’. Nós jamais podemos dizer que
Jane provou algo, mesmo com muitas evidências sólidas. Prova é um termo
matemático. Uma ‘teoria’ é uma explicação que é consistente com todas as
evidencias observadas e todo novo pedaço de evidência deve ser consistente com
a teoria. Desta forma, cada peça do quebra cabeça se encaixam perfeitamente.
A teoria deve
ser consistente com novas teorias em outras áreas e claro que novas tecnologias baseadas na
teoria tem que funcionar.
A partir do
momento que nenhuma outra teoria nem de longe se iguala a essa consistência a
‘Teoria de Jane’ é um fato e pode ser adicionada a livros em escolas. Isso não
quer dizer que ela não pode ser modificada, mesmo pilares da ciência como a
teoria da Gravidade e a teoria da evolução tem sido modificadas a medida que
novas evidências aparecem.
Essas
modificações não derrubaram as teorias, elas apenas mostram com maior precisão
como elas funcionam. Vejamos isso por um ramo da ciência que todos podemos
entender: Cartografia.
No século CV
lacunas no conhecimento europeu no que havia além dos oceanos eram sempre
preenchidos com mitos imaginários de dragões marinhos e monstros. Depois que a
terra foi descoberta, alguns geógrafos alegaram que isso poderia ser um novo
continente. É claro que esses prévios exploradores cometeram erros.
No inicio de
qualquer ramo da ciência as evidencias são leves e a tecnologia não é precisa,
mas a medida que o número de evidências aumenta e as medições se tornam mais
precisas nós movemos para uma certeza elevada. Só porque existem alguns erros
não quer dizer que devemos jogar fora nossa teoria dos continentes e voltar a
acreditar em dragões matinhos e monstros. Pelo contrário, cada correção nos
deixa mais certos a respeito do formato e natureza do continente.
Então o método
científico não garante que erros não serão cometidos mas ele garante que serão
corrigidos.
Digamos que
Jane tenha um irmão gêmeo malvado chamado John, que tem uma hipótese em um ramo
diferente da ciência; Ao contrário de Jane, John é negligente e seus dados são
defeituosos. Se este for o caso é improvável que ele passará a segunda fase de
avaliação acadêmica e seu relatório seria rejeitado.
Então digamos
que ele falsifica seus resultados para fazer parecer que sua hipótese estava
correta. Baseado em dados falsos, o relatório fraudulento de John é publicado.
Aí está a prova que o método científico não funciona. Porém, daí outros
pesquisadores não podem replicar seus resultados, novas evidências não são
consistentes com a hipótese de John. Com o tempo a hipótese não se encaixa e os
resultados falsos de John se tornam uma anomalia confusa. Progressivamente eles
são marginalizados e ignorados, como a ideia de Monstros marinhos e dragões
preenchendo as lacunas do desconhecido nos mapas.
Então, uma
diferente hipótese é sugerida por outro pesquisador e essa é testa com sucesso.
Mesmo que John tenha errado, outros pesquisadores podem corrigir o erro e
testar uma nova hipótese. Em ciência, mesmo com erros é possível se chegar em
algum lugar. Na divergência de ideias se encontra o conhecimento.
Essa nova
hipótese se mostra correta e nos conduz a uma tecnologia que funcione. Se
outros pesquisadores pensam que John trapaceou ou simplesmente teve o resultado
errado, não importa, com o tempo a má ciência sempre será descoberta, porque
não será consistente e será impossível de fazer encaixar no restante do quebra
cabeça.
Então o
procedimento científico é um tipo de processo de filtração que garante que
qualquer que seja o que as crianças aprendem nas aulas de ciência tenha sido
PERFEITAMENTE testado, VERIFICADO e é APOIADO por evidência. Também tem uma
virtude convincente ELA FUNCIONA. Toda a tecnologia a sua volta, desde o
monitor de seu computador, ao plástico na sua cadeira, as pílulas de vitaminas
que você pode estar tomando, devem sua existência ao método científico.
Fundamentalistas
são culpam pesquisadores quando eles publicam teoria que explicam a
eletricidade, polímeros e a função das vitaminas na saúde, mas eles pensam que
cientistas se enganam IRREMEDIAVELMENTE toda vez que eles pesquisam nossas
origens. Fundamentalistas não gostam quando suas hipóteses podem estar
equivocadas.
Alguns
Fundamentalistas podem dizer:
‘Cientistas são
induzidos. Eles pre-suportam evolução e um universo antigo’.
]
Isso é o mesmo
que dizer que cientistas pressuporão a relatividade, o eletromagnetismo ou a
decadência radioativa. Nenhum desses conceitos eram conhecidos antes de serem
descobertos. Naturalistas do século XIX, examinam evidências geológicas,
biológicas e cosmológica, com a concepção de a versão bíblica de eventos estar
correta. Foi a EVIDÊNCIA que mostrou que eles estavam enganados.
Outros
fundamentalistas podem dizer:
‘Cientistas não
estão procurando por evidências da criação e dilúvio, por isso eles não
encontram’.
Existem
milhares de centenas de cristãos, muçulmanos e judeus que são biologistas,
geologias e cosmologistas que tem toda razão para encontrar evidências de uma
divindade. Tal descoberta seria tão estupenda que não só confirmaria suas
crenças mas também os daria um prêmio Nobel. Porque eles ainda não receberam um
prêmio Nobel por tal descoberta¿ Porque não existe tal descoberta, mesmo com
tantos procurando, ainda ninguém encontrou.
Outros
fundamentalista podem dizer:
‘Cientistas só
aceitam o natural e não o sobrenatural’
A ciência não
começa com a suposição que algo é natural ou sobrenatural, ela começa com algo
que acontece, como por exemplo, o estudo sobre EQMs e Experiências extras
corporais, e depois elabora o porque, quanto e como acontece.
No passado as
pessoas acreditavam que anéis de fadas eram um fenômeno sobrenatural, hoje em
dia sabemos que eles são causados pela dispersão subterrânea de fungos.
Ciência é uma
explicação baseada em pesquisas imparciais checadas por rigorosos controles e
oscilações e não por CRENÇA.
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