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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O erro do Argumento Teísta sobre a virtude


Segundo alguns livros teístas como a Bíblia, o Tanach e outros, a virtude é considerada como algo provido de Deus. Há algum tempo analiso essa questão. Aqui demonstrarei os erros teístas mais comuns.

Certa vez, entregue 100 reais para duas mulheres e uma criança que estavam catando plásticos nas lixeiras. Coloquei esse relato em diversos grupos. Então dois teístas, um Rabino e um Cristão, ambos me oferecem textos, dizendo que minha atitude e intenção era provida de Deus.

Fiquei bem chocado para falar a verdade, quando ouvi tais versículos. Isso me lembrou como a religião manipula as pessoas, trocando o certo pelo duvidoso.

Faço as palavras de Bertrand Russel, minhas palavras: ‘É, na prática, uma conduta que não agrada ao rebanho. Chamando-a de ‘Falta de Virtude’ e elaborando um sistema moral complicado em torno de tal conceito, o rebanho se justifica aos seus próprios olhos ao infligir castigo aos objetos de seu próprio desagrado, ao mesmo tempo em que, já que o rebanho é virtuoso por definição, isso exalta também o seu amor-próprio, no momento mesmo em que liberta o seu impulso para a crueldade. Eis aí a psicologia do linchamento, bem como das outras maneiras pelas quais os criminosos são punidos. A essência da concepção da virtude, por conseguinte, é proporcionar uma saída para o sadismo, apresentando a crueldade sob o manto da justiça.

Existem duas formas de lidarmos com a questão da virtude:

1.                  Antes dos escritos Hebreus.
2.                  Através da ideia de uma forma de manifestação divina.

No primeiro caso, tendo a analisar a questão antes de ser escrita qualquer coisa nos livros. Um dos pontos é que, ser bom, era algo que as pessoas também seguiam antes mesmo de tal virtude ser escrita em qualquer livro.

É como se o profeta, observasse o mundo a seu redor, percebesse que as pessoas faziam a bondade mesmo que não seguissem a crença da época. Porém, como o profeta não conseguia explicar o porque pessoas que não seguiam a crença dele também eram boas, então eles escreviam aquilo que estava dentro de seu entendimento. O que estava dentro do entendimento dos profetas era que a bondade era provida de Deus, principalmente porque eles não possuíam o conhecimento que temos hoje para analisar que de fato, ser  bom ou não, não tem nada a ver com Deus.

O profeta utilizou aquilo que ele acreditava para explicar o porque as pessoas eram boas mesmo não tendo Deus. Se este profeta nascesse hoje, ele veria o seu equivoco.

No segundo ponto, muitas teístas dizem que quando somos bons estamos fazendo a obra de Deus. Porém temos alguns problemas. Como vimos acima, antes de qualquer livro ser escrito, as pessoas faziam o bem e alguém aproveitou a deixa para utilizar está posição como uma forma de evidenciar a Deus.

Bertrand Russel diz assim: ‘os profetas hebreus, os quais, afinal de contas, segundos vossas próprias palavras, inventaram tal ideia. Há verdade nisso: a virtude, na boca dos profetas hebreus, significava aquilo que era aprovado por eles e por Jeová. Encontramos está mesma atitude expressa no Ato dos Apóstolos, onde os Apóstolos começam um pronunciamento com as palavras : ‘ Porque pareceu bem ao Espírito Sando e a Nós’ (Atos XV, 28). Está espécie de certeza individual quando aos gostos e opiniões de Deus não pode, porém, constituir a base de nenhuma instituição. E essa sempre foi a dificuldade que o protestantismo teve de enfrentar: um novo profeta podia afirmar que a sua revelação era mais autentica que a de seus predecessores, e nada havia, no panorama geral do protestantismo, que mostrasse que tal reinvindicação não era válida. Por conseguinte, o protestantismo dividiu-se em inúmeras seitas, que enfrentavam uma as outras -  e há razão para se supor que, daqui a cem anos, o catolicismo será o único credo a representar efetivamente a fé cristã.’

Ele faz esse comentário demonstrando como a ideia de Virtude está incorreta. Em primeiro lugar naquele tempo se o profeta disse-se que Deus se Manifestava através dele, bem isso é impossível de ser analisado se é verdade. Quando os teístas utilizam a ideia de que Deus se manifesta através de seus filhos, eles aceitam assim como as crianças acreditam em papai noel, através da Fé. Já demonstrei o porque a Fé é um argumento inválido, por isso não colocarei o argumento aqui, tanto porque é demasiadamente longo.

Para finalizar a questão sobre as virtudes, sabemos que tal posição é provida pelas massa, ideologias, filosofias, se uma determinada ideologia diz que é uma virtude matar Judeus, como no Nazismo, logo matar os Judeus se torna algo bom, e não mata-los se tornaria algo ruim e não virtuoso.

Quando na Bíblia ou Tanach diz que fazer aquilo que Deus pede é o correto, logo tudo o que está escrito em relação a Deus se torna algo virtuoso e adequado de seguir. Porém, tais regras  e Leis, da qual a virtude religiosa é provida, é baseada em individuo que tinham influência moral sobre o povo e tais indivíduos decretavam o que era virtuoso e o que não era virtuoso.

Tudo o que se encontra nesses livros estão ali por um propósito. Tais palavras foram pensadas e repensadas para que coubesse dentro daquilo que um pequeno grupo de pessoas desejavam. Então, dentro desses livros escreveram que ser virtuoso é também fazer o bem, porém com uma jogada de mestre, colocando está ideia como provida de uma Divindade. Perceba que antes de ser escrita tal virtude, as pessoas já eram boas e outras eram más, porém, como faziam parte da mesma ideologia, já que a maioria do Povo de Israel acreditava em Deus, então os patriarcas utilizavam aquilo que observavam a seu redor, e assim colocaram a ideia de virtude baseada na maioria, como Russel diz.

Não é de se surpreender que em qualquer sociedade a questão da maioria tem enorme influência em relação ao que é virtuoso ou não. Para algumas pessoas retirar o clitóris de uma garotinha é algo bom e virtuoso, porém para outras civilizações tal ato é banal e nem um pouco virtuoso.

Para alguns Judeus pode ser algo virtuoso seguir a Tanach, porém para os cristãos seguir a Tanach não é visto como algo virtuoso. Assim como para diversas outras ideologias.

Toda Ideologia cria aquilo que considera virtude e o que não considera virtude. Os países fizerem o mesmo em Relação as suas Leis e Constituição. Em alguns países é ok uma garotinha de 6 anos se casar e ter relações sexuais com homens bem mais velhos, tal posição é vista como virtuosa porém, para o resto do mundo tal posição é vista como não virtuosa, da qual daria prisão por pedofilia.
A questão da Virtude é utilizada como uma forma de alguma ideologia ou filosofia dizer o que é bom ou mal. Porém qualquer ideologia ou filosofia que não busque os níveis mais elevados de maturidade, possuirá virtudes não agradáveis para o resto do mundo.

Por isso, acredito eu, temos demonstrado que ser bom, não é algo provido de Deus, tanto porque para que algo se torne algo virtuoso deve ser aprovado primeiro pela maioria das pessoas, seja dentro de culturas, ideologias ou filosofias. O ser humano pode ser bom, sem precisar de nenhuma ideologia dizendo que é uma virtude provida de Deus. E honestamente, pessoas que se utilizam da virtude como uma prova da existência de Deus ou algo provido de Deus, está demonstrando o quão tolo e ignorante é. Caso tal individuo não fosse, não utilizaria a virtude como algo provido de Deus.

Pra mim, tal posição teísta é uma piada de mal gosto, que de tanto repetida se tornou uma verdade absoluta. Talvez o mundo comece a melhorar conforme as pessoas forem abrindo os olhos para questões importante e abraçando a razão como a melhor resposta para explicar o mundo ao nosso redor.


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Item Reviewed: O erro do Argumento Teísta sobre a virtude Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli