Deus se importa com o que eu me importo ou eu me importo com o que
me importa logo deus se importa com aquilo que me importo?
Divórcio, Bichas, figos,
praticantes da iniquidade, homofóbicos, Lady gaga, casar de novo, Techno,
Pelos, guerra ...
A internet está cheia e artigos
de coisas e pessoas que as pessoas e Deus odeiam. Algumas são apenas gozações,
mas um número impressionante não o é.
Por toda a história, o consenso
sobre o que ou quem Deus detesta, variou de acordo com as correntes culturais.
Um ponto chave para os cristãos é de que Deus odeia o pecado, muito embora se
Ele odeia o pecador também é tópico de debate.
Ainda mais debatido é quais
pecados Ele odeia. Deus realmente odeia o consumo de frutos do mar e tecidos
misturados? deus odeia que os homens aparem a barba, tanto quanto ele odeia
sexo Anal por exemplo?
O Livro de levíticos parece
dizer que sim, mas a maioria os cristãos e judeus, parecem não conseguir se
importar com essas coisas. Então eles acham quase impossível no fundo realmente
acreditar que Deus se importa.
Uma atitude complacente
semelhante pode ser observada entre crianças mais jovens e a homossexualidade. Tendo
assistido programas como Glee e ‘Uma Família muito moderna’ e o livro ‘Little
Miss Sunshine’, tendo encontrado amigos abertamente gays e parentes por toda a
infância, eles não conseguem acreditar que Deus realmente se importa com quem
amamos.
Meio século atrás, um psicólogo
social, chamado Fritz Heider fez uma série de observações que ele transformou
em uma teoria chamada ‘Teoria do Balanço’. Sua teoria nos é útil para
entendermos porque nossas imagens de Deus, mudam.
Heider, descobriu que
sentimentos positivos e negativos em um relacionamento precisão ser balanceados
para dar estabilidade.
Por exemplo, se eu amo meu irmão
Gay, isso é positivo, e se eu adoro um Deus Bíblico também é positivo, mas
seguindo o que a Bíblia diz que os Gays são uma abominação, logo isso é
negativo, então minha lealdade está em conflito, da qual aquela que tiver maior
valor vai vencer.
Nesse caso, eu posso começar a
desenvolver um sentimento negativo pelo meu irmão ou posso desenvolver um
sentimento negativo a respeito da bíblia, da mesma forma que poderia ser
direcionado para um Ateu, ou para qualquer outra religião, do qual gerará o
sectarismo. Qualquer coisa que me ajude a resolver meu conflito e a desenvolver
um balanço positivo.
Ao longo dos anos, outros
estudiosos refinaram a teoria de Heider, mas as ideias gerais de balanço e
estabilidade persistem.
Pense no balanço social em
relação a Deus e eu. Este é um relacionamento, que uma parte (Deus) ou existe
exclusivamente em minha mente ou é altamente ambíguo. O que significa que eu
tenho um grande espaço para imaginar quais seriam as atitudes dEle.
Em um relacionamento de humano
para humano, eu não posso resolver conflitos, ajustando a atitude daquela
pessoa para se ajustar a minha. Pelo menos sem ao menos colocar alguns bons
argumentos e evidencias. Mas em um relacionamento humano com Deus, eu posso.
E de fato, ajustar as atitudes de Deus para se ajustarem as minhas é bem mais
fácil do que o contrário.
No coração da humanidade existe
algo que ás vezes é doce e às vezes não é tão doce, narcisismo que torna quase
impossível pensarmos fora de nós mesmos. Esse narcisismo pode ser observado em
uma criancinha que pode sentir o sofrimento alheio, mas não sabe bem como
responder e então oferece um conforto que ela mesma desejaria.
Uma criança de dois anos pode
oferecer a sua mãe que chora um bichinho de pelúcia ou um biscoito amanteigado,
mas mesmo adultos cometem erros similares mesmo quando bem intencionados.
O que faz você se sentir
realmente amado por seu parceiro?
Para algumas pessoas a resposta
é o sexo. Para outros são presentes. Para outros é ouvir ‘Eu te Amo’. Para
outros é alivia-lo de uma tarefa ou de um peso sobre os ombros.
Para comunicar o amor
efetivamente, uma pessoa tem que determinar o que faz com que a outra se sinta
amada. Mas os cônjuges frequentemente cometem o erro de oferecer aos parceiros
aquilo que eles gostariam de receber.
Quando um parceiro está se
sentindo distante ou triste, eles fazem esforços em dar a eles aquilo que eles
mesmo desejariam e frequentemente se desapontam com a reação.
O que eu tento ilustrar é que
por defult nós usamos a nós mesmo como a medida para o mundo. A ‘Regra de Ouro’
confirma isso e tenta transformar esse autofoco em altruísmo: faça aos outros,
o que desejas a si mesmo.
Em outras palavras, comece com o
que você sabe de si mesmo e imagine que os outros vão querer o mesmo, e
provavelmente vai tratar aos outros muito bem.
Mas em contraste a regra de
platina, faça aos outros o que eles desejariam que você fizesse a eles, pode
nos colocar em um impasse intelectual, porque ele pede para que saiamos da
nossa mente, isso é difícil.
Na música da banda XTC, ‘Garden
of Earthly Delights’ o refrão, ‘não machuque a ninguém’ é repetido então só uma
vez e é sguido por ‘exceto é claro que eles peçam a você’.
Quem ouve talvez fique surpreso
ou ria. A maioria de nós não quer ser ferido, mesmo por prazer e então não
esperamos a exceção. De maneira similar, nós tendemos a esperar que Deus
compartilhe nossas perspectivas e prioridades. Você já percebeu como Deus é
impressionantemente indiferente com a maneira que os humanos tratam os peixes?
Jesus mesmo, magicamente
multiplica os peixes, para que eles possas ser presos as redes e submetidos a
lenta sufocação. Cérebros de peixes são muito diferentes dos nossos.
E o quanto mais estranha é uma
mente para nós, menor a nossa capacidade de sentir empatia. Mesmo sabendo que
os cientistas nos dizem que os polvos são uma das criaturas mais inteligentes
do planeta. A menos que possamos ressonar com a experiência de um animal,
significando que sentimos, ao menos no nível hipotético, isso sai da nossa
esfera moral e também fora das prioridades de Deus.
A nossa capacidade de empatia
com outros humanos, uma das nossas grandes dádivas, também tem limites, caso
eles sejam familiares ou estranhos a nós.
Nós nos importamos com a felicidade
ou sofrimento de alguém, proporcionalmente a uma série de fatores como apego,
proximidade e similaridade. Em outras palavras, nós nos importamos com pessoas
com as quais passamos mais tempo com elas e elas são como nós. Mesmo país,
mesma religião, mesma raça, mesmo gênero, mais DNA compartilhado.
Quando outras pessoas se
machucam, nos dói menos se elas nos são mais estranhas. Nosso ultraje moral de
uma criança ser ‘dano colateral’, não é o mesmo se ela vive no Iraque do que
seria, se a bomba caísse na nossa vizinhança. Nós nos relacionamos em geral à
distância com as pessoas desse planeta e mesmo quando os crentes insistem que
Jesus ama as criancinhas do mundo, igualmente, o comportamento da prática
cristã sugere o oposto.
Considere: Certas pessoas que
refletem sobre isso não fazem preces em jogos de futebol. A ideia de que Deus
favorece um time e prejudica o outro, mas quem se detém quando se faz a prece
antes do jantar?
Quase ninguém.
Mas ainda assim aqueles que
acreditam que Jesus amam as criancinhas do mundo igualmente deveriam amar as
crianças igualmente. Se você tivesse duas crianças uma que tivesse
biscoitinhos, suco, queijo, e pêssego para o almoço e depois um lanchinho após a aula, e outra
que não tivesse comido desde ontem, qual você alimentaria com carne e batatas
essa noite?
Em um mundo menos autocentrado,
deidades não seriam agradecidas por colocar comida nas mesas américas de
jantar, eles tomariam uma bronca ou receberiam uma educada recusa.
‘Jesus ama as criancinhas’,
’seus olhos estão no pardal’, ‘peça e receberás’, esses mantras verbais
reconfortantes, fazem sua mágica porque o que está na verdade em jogo para cada
individuo e um vórtice de importância que se centra nele ou nela, diluindo a
medida que atinge pessoas além dos membros da família, amigos, compatriotas,
pessoas da mesma religião.
Infelizmente aqueles de nós que
não tem deuses personificados, tem motivos para se sentir orgulhosos. O vórtice
é o mesmo, nós apenas não temos a validação que vem de uma deidade que
compartilha as nossas prioridades pessoais. Só uma mente cheia de
comprometimento e compaixão pode nos ajudar a seguir a vida, nos tirando desse
conceito centrado em si mesmo.
Não importando se essa pessoa
tenha algum conceito de Deus.
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