Uma Leitura Literal do relato do
Gênesis no sexto dia da criação da semana da criação, mostram inúmeros erros
contra o que sabemos da moderna pesquisa científica.
Animais terrestres incluindo
tetrápodes primitivos, dinossauros clássicos, mamíferos e insetos, estão
separados revolucionariamente por centenas de milhões de anos. Seres humanos
foram um dos últimos a chegar na história da Terra e eles sozinhos domesticaram
animais como vacas, ovelhas e cabras.
Esses animais não são resultados
da criação espontânea, nem pelas palavras divinas como a narrativa bíblia
sugere ou pela seleção natural. Simplesmente o autor do primeiro livro de
Gênesis não poderia ter errados mais nos fatos e detalhes na história da
criação.
Como vimos essa triste falha da
história da criação bíblica, não impediu que alguns tentassem reescrever e
reinterpretar esse conto.
Andrew Parker autor do ‘O Enigma
de Gênesis’, evita detalhar o sexto dia da criação no seu livro, porque ele já
falou da evolução de outras criaturas. Ele apenas cita brevemente que o último
grande experimento da evolução foi trazer os seres humanos para o planeta. Com
isso encontra paralelo na história do Gênesis como a humanidade sendo a última
criação de deus.
Gerald Schroeder entretanto tenta
dizer e colocar o sexto dia da criação dos animais terrestres , mas a extinção
em massa de todos os dinossauros e 90% de todas as criaturas terrestres 65
milhões de anos atrás e os subsequentes dezenas de milhões de anos de história
da Terra do eventual repovoamento da terra por mamíferos e da lenta evolução de
hominídeos e finalmente de seres humanos.
É claro que nenhuma dessas
chamadas interpretações do último dia da criação, de fato se alinha com o
relato bíblico, exceto extremamente superficial. Já que a evolução não é um
processo mas tem um objetivo ou um fim para o qual ela aponta, ela mal pode ser
igualada com a clara intenção bíblica da criação dos seres humanos, a
realização máxima e final do trabalho de deus.
E, se o gênesis é interpretado
livremente e suficiente praticamente qualquer coisa pode ser inserida na
história.
Outros criacionistas, entretanto
ainda tentam alinhar a história bíblica com as descobertas científicas modernas.
‘Onde a bíblia e a ciência se
encaixam no sexto dia da criação¿’:
‘E rapazes, nós vamos falar agora
de quando o homem foi criado no sexo dia. Vou ler o registro e vamos ver se a
ciência se iguala. O relato fala de três tipos de mamíferos terrestres sendo
criados aqui, fale sobre o que isso significa cientificamente.
Isso é diferente do quinto dia da
criação onde se fala de pássaros genericamente e criaturas marinhas
genericamente. O sexto dia fala de três tipos de mamíferos terrestres
especializados , mamíferos terrestres que Deus cria para coabitar o planeta com
os futuros seres humanos e dois tipos de pernas longas e um tipo tem pernas
curtas. Os de perna curta, aqueles que são próximos ao chão eu penso que está
se referindo a roedores e coelhos, talvez outras criaturas com pernas curtas e
os de pernas longas se incluem em duas categorias que existem os animais
selvagens e existente entre eles os Behemothes, que eu acho que se referem aos
herbívoros que são relativamente fáceis dos seres humanos obterem. E os animais
selvagens penso eu, é uma referência aos carnívoros que apesar de seres
difíceis de se obter fazem também excelentes animais de estimação, enquanto os
herbívoros não são bons animais de estimação.’
Neste texto acima, o criacionista
Hugh Ross faz um número de afirmações não suportadas , sobre sua interpretação
do sexto dia da criação.
Primeiro ele assume que as
criaturas criadas nesse dia eram todas mamíferos. Certamente não há razão para
assumir isso. De fato, nenhum animal terrestre é criado antes e nenhum animal
terrestre será mencionado depois da narrativa. Assim tem que ser assumido que
todos os animais terrestres goram criados no sexto dia da história da criação. O
que incluiria mamíferos, mas também marsupiais, répteis e insetos.
Ross assume que a palavra
hebraica traduzida como ‘coisas que rastejam’ na versão Bíblica de King James,
‘remes’ refere a mamíferos de pernas curtas como roedores e coelhos, mas
certamente não existe nada no texto que sugere tal distinção. De fato a palavra
‘remes’ é usada quase que exclusivamente no Gênesis. Em geral, se assume que
ela se refere a répteis ou quaisquer animais terrestres.
Ross então assume que o texto do
gênesis separa a criação de carnívoros e de herbívoros, mas ainda não conserta
o fato de o texto dizer que a criação de animais domesticados aconteceu antes
da criação de seres humanos. Vacas, ovelhas, cabras, inicialmente foram criados
como selvagens? e depois foram incluídos na categoria de imutáveis herbívoros
selvagens na narrativa do gênesis?
Se é assim, porque a mesma
palavra, exclusivamente usada para referir-se a rebanhos mais tarde na bíblia é
usada no gênesis para referir a qualquer mamífero comedor de plantas¿ Com
exceção de herbívoros de pernas pequenas que ele acredita que foram diferenciados
antes. E porque diferenciar entre carnívoros e herbívoros de pernas longas e
não diferenciar entre carnívoros e herbívoros de pernas curtas?
Claramente Ross está tentando
forçar sua leitura do livro de Gênesis que a narrativa original sugere. Mesmo
assim esses criacionista tentam discutir a formação da espécie humana:
‘E o fato é que podemos ver que a
bíblia diz ‘deus criou o homem’, quais os parâmetros da genealogia bíblica,
qual é o espaço de tempo mais longo onde temos que dizer ‘é isso aí, não
podemos ir mais além do que isso’ e comparem isso com a ciência, quais são os
parâmetros da área científica onde o homem aparece.
Pelas
genealogias você pode inferir que aproximadamente em qualquer momento de 10 mil
anos atrás até aproximadamente 100 mil anos atrás, essa é a janela do período
mais provável ao qual seria entre 40, 50 a 60 mil anos atrás, dos estudos
genéticos com populações modernas de humanos, nós vemos que uma data do
surgimento do homem é por volta de 50 mil anos atrás. O registro arqueológico
mostra uma expansão repentina da cultura humana, nesta mesma época também.
Então a evidencia cientifica é totalmente compatível com o que a bíblia nos
ensina sobre a origem do homem. ‘
A Emergência do Homo sapiens não
coincide com uma emergência imediata da cultura humana.
As primeiras pinturas
em cavernas indicando uma cultura criacionista que Fazale Rana está sugerindo,
são 20 mil anos mais jovens do que a migração de humanos modernos para o
continente europeu.
Entretanto, nem essa migração ou
as pinturas em cavernas marcam a emergência evolucionário do Homo sapiens. Isso
ocorreu 180 mil anos antes e não em um jardim nos limites próximos ao leste
como diz o conto bíblico, mas nas profundezas do continente africano.
Rana fala de pesquisas genéticas para
o surgimento dos humanos modernos, mas o que a ciência realmente diz sobre
isso?
Spencer Wells, Geneticista e
antropologista
‘Em algum ponto do passado, um
sub grupo de africanos, deixou o continente Africano para povoar o resto do
mundo. O quão recentemente é esse ancestral em comum, alguns milhões de anos
atrás?
O que poderíamos suspeitar ao
olharmos essa incrível variação ao redor do mundo. Não! O DNA nos conta uma
história que é bem clara. Que nos
últimos 200 mil anos, nós todos compartilhamos um ancestral. Uma única pessoa.
Eva mitocondrial, você deve ter ouvido falar dela. Na áfrica. Uma mulher
africana que deu origem a toda diversidade mitocondrial no mundo hoje.
Mas o que é ainda mais incrível,
é que se você olha para o lado do cromossomo Y, o lado masculino da história, o
Adão do cromossomo Y viveu a só 60 mil anos atrás. Só são duas mil gerações
humanas. É um piscar de olhos, no sentido evolucionário.
Isto diz
que todos nós estamos vivendo na África naquele tempo, esse era um homem
africano que deu origem a toda a diversidade do cromossomo Y do mundo. Foi só
nos últimos anos que começamos a gerar essa incrível diversidade que vemos pelo
mundo.’
Então, o que o criacionista disse
anteriormente e que não entendeu é que todos os humanos modernos dividem um
ancestral em comum com essa única fêmea, que vivei 200 mil anos atrás.
Mas o único macho entretanto
viveu por volta de 60 mil anos atrás e ambos vieram da África. O grupo que
levou esses marcadores no seu DNA, não tinham ainda deixado o seu continente
ancestral para it para os continentes europeus e asiáticos. Isso mal se alinha
com o texto do gênesis a menos que você intencionalmente deixe alguns importantes
detalhes fora da sua reinterpretação da ciência.
E também como esses criacionistas
falham em não mencionar, é com essa mesma evidencia genética que eles usam para
citar a emergência do Homo sapiens, que nos liga revolucionariamente a
chipanzés e outros macacos, e de fato, em última análise, com toda a ida na
Terra.
Seres humanos não são uma criação
especial. De fato se voltarmos no tempo, e eliminarmos o acidente cósmico que
varreu os dinossauros do mapa, seres humanos poderiam nunca ter evoluído. Nosso
lugar neste planeta nunca foi uma garantia.
Como um comentário: como esses
criacionistas chegam a conclusão que as genealogias bíblicas podem datar a
criação do homem como descrita na narrativa do gênesis, com aproximadamente o
mesmo tempo que tem sido descoberto pela ciência moderna?
Eles é claro não dizem.
A mais famosa datação de eventos
com base na genealogia bíblica, foi feita pelo arcebispo da Igreja da Irlanda
James Ussher em 1650. Ele calculou que o inicio da criação cai em 26 de
dezembro de 4000 AC. , e esse tem sido o padrão em que os criacionistas
interessados na leitura literal da bíblia, tem datado a criação.
Sem detalhes como os
criacionistas como Rana usaram a genealogia bíblica, nós mal podemos comentar o
quão preciso isso seria com as descobertas científicas modernas. Mas a datação a parte, o Homo sapiens não
apareceu na Terra em um dia como a bíblica claramente afirma.
Homo Sapiens são uma espécie de
uma longa e complexa linhagem evolucionária, de espécies anteriores o casal de
Homo Sapiens não apareceu de repente em um dia. Na história científica do Adão
cromossomo Y e da Eva mitocondrial, os nossos pais genéticos não viveram juntos
em um aconchegante jardim, mas separados um do outro aproximadamente 150 mil
anos. Então, não importa onde alguém tente se virar para ajuda, para tentar
reconciliar o relato bíblico da criação é agora lida do primeiro livro de
Gênesis, coma s descobertas da ciência moderna, eles irão fracassar.
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