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domingo, 16 de novembro de 2014

Gabriel Orcioli Inocência religiosa: Discernimento


Um aspecto muito comum em nosso cotidiano é a questão de tomar a melhor decisão posição entre 1 ou mais opções. Quanto maior o conhecimento e maturidade de um individuo, como consequência este tenderá a tomar as melhores decisões.

A soma do conhecimento, da experiência, da maturidade, permitem que qualquer individuo tome as melhores decisões que não afetem o mesmo de forma negativa principalmente no futuro. Quanto maior for a dificuldade de uma determinada resposta maior deve ser o grau de maturidade e experiência. É por isso que maturidade e experiência são tão importantes no mercado de trabalho.

Quando não temos o suficiente para alcançar uma resposta com os níveis mais elevados de maturidade, então iremos tomar a decisão que seja mais coerente com nosso nível de maturidade. É raro alguém em um nível de maturidade comum, conseguir oferecer as melhores respostas como alguém com um nível de maturidade mais elevado.

Isso quer dizer que, quem possuir os níveis mais elevados de maturidade, também terá um melhor discernimento.

Analisando as pessoas que tendem a não se encontrarem nestes níveis, encontro dois motivos principais:

Ø     Necessidade;
Ø     Seguir o que a ideologia diz;

A necessidade é baseada por exemplo, na dúvida, naquilo que não conhece, no mistério, e como uma forma de conseguir uma resposta que seja uma resposta fuga, a pessoa busca uma reposta  em algo que acredita como uma forma de tentar responder a questão.

Toda ideologia tem suas ideias impostas independente se elas são corretas ou não. Tais pessoas aceitam o que sua ideologia diz como correta sem questionar. Neste caso, possuem tudo preparado para o caso e para a guerra.

Em ambos os casos pedir a deus discernimento é uma forma muito fraca, que somente traz conforto ao individuo e não uma resposta. Como sabemos que para decidimos entre duas posições, teremos tanto a carga de experiência, como maturidade e também como lidamos com nossas emoções e com as influências inconscientes, que de qualquer forma teremos uma resposta. Normalmente quando tais pessoas devem escolher entre duas posições e não sabem qual o melhor caminho a seguir, isso gera um desconforto imperando a duvida, somente nesses casos que é pedido a deus ajuda.

Quando a pessoa vai dizer não ou sim, ela não precisa da permissão divina, ela sabe o que vai dizer e o porque está dizendo. Tal pessoa está confiante e confortável com sua decisão, mas somente quando a pessoa tem que tomar um decisão importante, ou uma decisão da qual ela está em duvida ou com qualquer tipo de falta de conforto, frustração, é somente então que tais pessoas tendem a buscar ajuda divina.

Eles não buscam quando sabem o que querem. Como consequência de seu ato, com falta de experiência e maturidade, acabam dando credibilidade a quem não deveria. Se eles decidem seguir um lado, dizem que deus quis assim, porém se fosse o outro lado, diriam que foi deus que quis assim, e se não seguirem nenhum lado dizem que foi deus que quis assim.

Além de ignorar as implicações de tal posição, não percebem que tal posição serve apenas para conforto e confiança, desta forma o peso do fardo de ter que decidir entre duas posições diminuem, principalmente quando o individuo não amadureceu ao ponto de tomar decisões por si mesmo, neste caso eles precisam de alguém para ajuda-los, seja uma pessoa ou deus.

Nós, ateus passamos pelas mesmas situações, mas ao invés de buscarmos conforto em deuses ou em pessoas que são autoridade religiosa, não ficamos buscando respostas em lugares sem sentido como esses. Para isso, podemos ir até um psicólogo, podemos buscar respostas em livros, neste ponto nós ateus, temos uma grande vantagem sobre os teístas. Os teístas tendem a buscar respostas naquilo que seguem, não importa se a resposta é correta ou não, para eles as respostas  se tornaram verdadeiras. Como por exemplo, a pessoa que acredita que vai ser curada de um câncer maligno. O principal motivo de procurarem deus é alguma forma de conforto através da esperança, ao invés de aceitar a realidade da situação, de que de fato todos vamos morrer, e algumas pessoas são premiadas para partirem antes. Quanto mais a pessoa demora para aceitar a realidade, por maior tempo ela prolonga seu sofrimento.

O discernimento religioso é duvidoso e penoso, somente aqueles que tiveram o privilégio de escapar das garras manipuladoras podem fazer tal afirmação. Se você for um ateu que não faz ideia do que é uma religião ou como as pessoas se sentem seguindo-a, provavelmente não tem ideia do que isso significa. E se você for um teísta que nunca teve a oportunidade de se libertar, também não faz ideia do que isso significa.


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