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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Gabriel Orcioli O argumento das ideias


Existem dois pontos importantes em relação as ideias:

Ø     Ideias inatas;
Ø     Algo responsável para gerar ideias;

Na primeira parte, em relação a ideia inatas, vem do Inatismo. O único problema com está ideia é que, eles negam a necessidade de ‘algo’ responsável por permitir que ideias existam. Este tipo de argumento é utilizado também como uma forma (indireta ou não) de tentar fazer uma conexão com deus. Porém existe uma outra explicação, que considero muito melhor.



Ideias não existem sem algo que possa permitir que ideias possam existir. Os teístas aceitariam isso numa boa, mas não aceitariam facilmente o que está por vir.

Esse responsável é o cérebro e seus diversos processos interessantes. Para ilustrar melhor irei fazer uma comparação com um computador.

Para que possamos ver a imagem na tela, é necessário diversos processos e diversas partes interagindo para que possamos assistir um filme, ver um novela, editar imagens e as diversas coisas que fazemos em frente ao nosso monitor, como escrever este texto.

Nosso cérebro possuí uma parte muito idêntica a um monitor, onde diferentes tipos de imagens, pensamentos, imaginação e ideias podem existir. Eles somente existem por causa de diversos processos e de diversas pessoas que trabalhando em conjunto permitem que ideias possam surgir e também permitem nossos pensamentos.

Bem, para verificar se o argumento é válido ou não, analise tudo aquilo que não tenha um cérebro, como uma árvore, um porte, uma pedra, um rio, o mar, e assim por diante.

Todas as ideias são falsas

Durante muito tempo eu me questionava o porque de toda e qualquer ideia ser primeiramente falsa e somente depois se tornar ou ser aceita como verdadeira.

Lutei diversas vezes contra tão pensamento, mas  a lógica no final venceu.

Todas as ideias são falsas em primeiro lugar pois todas surgem primeiro no mundo da imaginação. Qualquer teoria criada, qualquer objeto, todos passaram pela imaginação em primeiro lugar. Todos foram uma ideia falsa.

Como as ideias se tornam verdadeiras ou falsas no mundo real?

Bem, conforme o ser humano foi evoluindo e se desenvolvendo, diversas ferramentas para analisar o que chamamos de realidade forem sendo construídas, melhoradas e etc. Estás ferramentas também surgiram de ideias. Ideias podem surgir do mundo ao nosso redor, como por exemplo dois objetos separados ao serem somados nos oferece dois objetos, e se separados nos oferece um objeto em um determinado local e outro em outro local.

Para que uma ideia seja vista como verdadeira, está deve passar por diversas analises, que nós criamos para dizer que uma determinada ideia é valida. Para que 1+1=5, existe uma sequência de perguntas, analises e testes do qual vão afirmar que 1+1=2 e não a 5.

Se eu tenho a ideia de que dinossauros ainda existem, existem diversos meios ao qual posso verificar se minha ideia é verdadeira. Da mesma forma aconteceu com ideias como átomos, neutros, prótons e etc. Também foram vistas como ideias estupidas e em muitos casos como falsas, até que foi provado que não eram.

Existe muita reclamação da parte teísta para isso. Para colocar deus como uma ideia verdadeira, muitos deles ignoram as implicações e aceitam absurdos. Neste caso para verificarmos se deus existe ou não, vamos analisar o que a pessoa sente em relação a deus e ver se pode ser explicado de forma natural.

Bem, existem milhares de deuses,  e bilhares de pessoas dizem o mesmo que um cristão ou muçulmano diz em relação ao deus que acredita. Neste caso, sabemos que existe um responsável por fazer as pessoas se sentirem desta forma e também cria essa realidade subjetiva da qual traz sentido para a vida do individuo. Esse responsável é o cérebro. O que demonstra que um deus pessoal não existe já que todo o processo pode ser explicado de forma natural. Nenhuma explicação extraordinária é necessária.

Em contrapartida, quando os teístas negam os métodos que avaliam ideias, eles querem que os métodos mudem para que a Fé também seja uma fonte valida como os métodos científicos, porém a fé, nada mais é do que processos cerebrais, permitindo que o individuo sinta um sentimento de certeza, de necessidade provida de uma ideia que deveria ficar apenas no mundo das imaginações.
Através de diversas ferramentas podemos analisar se um ideia é verdadeira ou falsa. Porém existe um outro ponto que transforma ideias em ilusões, fazendo ideias que pertencem ao mundo da imaginação, em uma verdade pessoal e em muitos casos uma verdade absoluta.

Intensificações, Necessidades

Bem, sabendo que o cérebro é o responsável por gerar ideias, ele também é o responsável por nos fazer acreditar em ideias de forma pessoal e individual. Não importa a ideia que seja seguida, os processos de aceitação dessa ideia como verdade ou até mesmo como verdade absoluta, possuem o mesmo processo. É o mesmo processo para o muçulmano como para o cristão, assim como para o judeu e para o ateu.

O sentimento de certeza é o mesmo para todos, o sentimento de necessidade. Quanto mais intensificado essa ideia for, maior será a validade emocional da mesma.

Por causa disso, milhares de pessoas tentam colocar ideias intensificadas que deveriam ficar no mundo das imaginações, como algo que pertença ao mundo real. Uma criança que sinta o mesmo em relação a ideia de um papai noel tentará fazer as pessoas ao redor também acreditar, já que o processo está cegando a pessoa para que o papai noel seja real.

Os adultos o processo é o mesmo mas agora entra em questão a complexidade das ideias, já que o adulto é capaz de separar uma ideia verdadeira de uma ideia falsa, utilizando as ferramentas criadas para isso.

É por esse motivo, o ‘sentir’ que algo é verdadeiro, que faz diversos teístas acreditarem que as ideias que possuem em relação a deus, são verdadeiras. Ignorando as implicações e os absurdos que devem aceitar, estes desejam e querem que a Fé, tenha a mesma validade que as ferramentas utilizadas pela razão para avaliar ideias.

A Fé não serve para avaliar ideias, serve para aceitar ideias ignorando se elas são fantasiosas ou não. Alguém pode acreditar em contos de fadas, se utilizarmos a fé, o conto de fadas seria tão valido quando a ideia de deus, pois ambas possuem um mesmo componente que tornam elas reais: O sentimento de certeza.

Utilizando a Fé, todas as ideias seriam verdadeiras. Milhares de deuses, conto de fadas, absurdos e assim por diante.


Por causa de diversas complicações e aceitação de absurdos é por causa disso que a fé jamais será aceita no mesmo patamar válido como a razão. 
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