Sou uma pessoa que gosto de
debates e ainda mais gosto de saber até onde um argumento nos permite ir e onde
é o limite para aceitação de absurdos.
Um dos argumentos teístas famosos
é a questão do mundo espiritual. Segundo eles existe um mundo parecido com o
nosso mundo só que imaterial, sem limites para o ser.
Um dos argumentos que acabam
invalidando a ideia de um deus é a questão do inconsciente. Se deus tiver um
inconsciente o mesmo não teria acesso a tal, o que demonstraria que o mesmo não
é onipotente, onisciente e nem mesmo onipresente.
Existem diversos caminhos que os
teístas seguem:
Ø
Dizer que deus não tem cérebro.
Ø
Dizer que o imaterial é diferente;
Ø
Dizer que deus sabe todas as coisas e é capaz de
todas as coisas.
Estes pontos são os mais comuns.
No primeiro caso (Dizer que deus
não tem cérebro) se torna contraditório. Isso porque se eles dizem que deus tem
todas essas qualidades quer dizer que ele pensa, e se ele pensa, querendo ou
não ele precisa de um inconsciente, caso contrário não seria possível pensar
adequadamente como por exemplo, não teria as associações e nem mesmo um banco
de dados ao qual ele pudesse acessar para saber se uma determinada decisão é
correta ou não.
Se a pessoa diz que deus não tem
um cérebro, mesmo que imaterial, ou espiritual, então o mesmo não tem um
propósito para criar todo o universo. Se ele não tem um propósito, perseguir um
propósito se torna um absurdo, já que deus teria criado o ser humano sem
qualquer propósito.
O Segundo argumento, dizer que o
imaterial é diferente, tem como intuito dizer que aquilo que temos no mundo
material é diferente do mundo imaterial. Mas como estamos falando de
inconsciente, subconsciente e consciente, estamos falando sobre coisas matérias
e não espirituais.
Porém, quando os teístas falam do mundo espiritual e
imaterial, eles cometem alguns erros abismais.
Em um debate, um teísta me disse
que o mundo imaterial é diferente, então eu o questionei em como o mundo
espiritual é diferente.
Então a pessoa começou a falar que
não tem limites, poderíamos voar, atravessar as coisas, aparecer do nada em
algum lugar e entre outras coisas que significa ações. Até aí tudo bem, eu não quis me interferir e dizer que tais
movimentos seriam necessário algo como uma base de dados que permitisse que o
mesmo fizesse tudo o que a pessoa estava dizendo. Ignorei este ponto.
Então a pessoa continuou dizendo
que, quando estamos na forma imaterial ou espiritual, nós podemos pensar,
sentir diversos tipos de emoções ou todas as emoções, dizendo que teríamos
memórias , entre outras coisas. A pessoa nem percebeu que ao tentar negar o
argumento que estava oferecendo a mesma não percebeu o erro que cometeu.
Para que uma pessoa tenha
memórias, principalmente de seu passado distante, é necessário alguns
requisitos como um base para guardar tais dados, algo que intensifique tais
dados de informação para se tornarem uma lembrança a longo prazo, precisará das
emoções e de um sistema responsáveis por elas , e etc, em outras palavras, não
existe como mesmo sendo algo espiritual não possuir um inconsciente.
Em outras palavras o espiritual em
nada afeta as questões do inconsciente, subconsciente e consciente.
Uma terceira questão é dizer que
deus sabe todas as coisas inclusive as inconscientes.
Existe uma diferença entre saber
todas as coisas e ser poderoso o suficiente para interferir em todas as coisas.
Eu posso saber exatamente como o processo de criação de uma ideologia acontece,
mas não tenho poder interferir neste processo.
Mesmo deus não poderia interferir
em questões como fazer acontecer de sentir as emoções que ele quer no momento.
Por exemplo, o deus bíblico não tem qualquer base para essa afirmação e em
relação a um projetista é impossível fazer tal afirmação. O deus bíblico ainda
é pior pois é dito que ele sente emoções após alguma coisa acontecer em nenhum
momento é dito ou demonstrado que deus quis sentir aquelas emoções naquele
momento. Neste caso, se estivermos falando sobre o deus cristão utilizando a
bíblia para o mesmo, este sem qualquer dúvida não tem controle sobre suas
emoções, o que acaba demonstrando o nosso ponto de vista.
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